No Edsel os faróis
eram mais centralizados. As lanternas traseiras ovaladas, verticais e ressaltadas vinham acompanhadas das luzes de ré em
igual formato e tamanho do lado de dentro. Embora longe de harmonioso, o
estilo continuava a ter uma personalidade marcante. Só duas séries eram
oferecidas. Uma era o Ranger, sedã e hardtop, ambos de duas ou quatro
portas, além do conversível. A outra era a perua Villager de cinco
portas, com seis ou nove lugares. O V8 292 de 185 cv era o carro-chefe,
mas como opcionais o cliente dispunha do seis-cilindros de 145 cv e do
V8 de 352 pol³ (5,8 litros), 300 cv e 41,5 m.kgf. Lançada em outubro de
1959, a linha acabou sendo cancelada já em novembro, após meros 2.846
exemplares.
As poucas concessionárias exclusivas que haviam sobrado podiam mudar sua
bandeira para Lincoln/Mercury, mas o abalo dessa experiência deixou
marcas profundas na administração da Ford. Não é demais lembrar que ela
jamais criou outra divisão novamente, além das três que já existiam
antes da Edsel. A piada em torno do carro não teve tempo de se esvair e
ficou gravada no tempo como fato, o que carece de exatidão. Toda essa
mistura ímpar de erros e azar explica como a marca assumiu, para a
posteridade, a imagem de mais espetacular malogro já criado pela
indústria automobilística mundial. Seu nome virou até gíria para
identificar algum fracasso notório.
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