Se já era possível perceber antes, o modelo 1970 acentuava a impressão de que a Ford estava priorizando o conforto ao desempenho. Com 21 versões, o Galaxie estava ainda maior — 5,54 m de ponta a ponta, 3,07 m entre eixos — e oferecia opções como bancos individuais reclináveis de encosto alto. Continuavam a existir muitas opções de carroceria (sedãs normais e hardtops de duas e quatro portas, cupê Sports Roof e conversível) e de acabamento (Galaxie 500, XL, LTD e o inédito LTD Brougham).

O perfil do Galaxie 1970 estava mais voltado ao conforto e menos ao desempenho; o motor 351 era um dos quatro V8 disponíveis

Sob o capô, a novidade era o V8 "Windsor" de 351 pol³ (5,75 litros) e 250 cv, disponível ao lado dos 302, 390, 429 e do seis-cilindros. Derivado dos 289 e 302, mas com bloco mais alto e pesado, ele não deve ser confundido com o 351 "Cleveland", produzido nesta cidade de Ohio com diferentes características.

Nos anos seguintes a indústria americana entrava em uma fase de modelos discutíveis em estilo e insatisfatórios em desempenho, amordaçados pelas normas de segurança e de controle das emissões poluentes. Em 1971, a eliminação do chumbo como aditivo da gasolina diminuía sua octanagem e exigia menor taxa de compressão dos motores, afetando o desempenho. Um ano depois a entrada em vigor do padrão líquido de potência fazia cair os valores nominais.

A volumosa seção central da grade do modelo 1971 marca um tempo de declínio para o grande Ford, com motores menos potentes e estilo sem inspiração

O Galaxie vinha então com os V8 de 351, 400 e 429 pol³. O "Cleveland" 400, que na verdade deslocava 402 pol³ (6,6 litros), foi o maior V8 de bloco pequeno da época. A grade dianteira tinha uma seção central alta, que tomava uma área do pára-choque e elevava o capô. Com a primeira crise do petróleo, em 1973, o mercado para carros grandes nos EUA começou a encolher e o Galaxie foi mais uma das vítimas, tendo sido 1974 seu último ano-modelo. A única versão 500 ficava entre o Ford Custom e o LTD em preço, restando o LTD Brougham como opção de topo.

O prestígio que o Galaxie conquistou pode ser medido pela reutilização de seu nome em modelos recentes da Ford, ainda que com outra grafia: foi como Galaxy que a empresa chamou uma minivan, feita na Europa até hoje, e o Versailles brasileiro quando vendido na Argentina. Em 2005, o grande sedã que veio substituir o Taurus no mercado americano foi batizado de Five Hundred (500), de certo modo também uma referência ao marcante modelo do passado.

Ficha técnica
_ V8 427 (1963) V8 390 (1966) V8 428 (1966)
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 8 em V
Comando e válvulas por cilindro no bloco, 2
Diâmetro e curso 107,4 x 96 mm 102,9 x 96 mm 104,9 x 101,1 mm
Cilindrada 6.964 cm3 6.392 cm3 7.015 cm3
Taxa de compressão 11,6:1 10,5:1 10,5:1
Potência máxima bruta 425 cv a
6.000 rpm
315 cv a
4.800 rpm
345 cv a
4.600 rpm
Torque máximo bruto 66,4 m.kgf 59 m.kgf 63,9 m.kgf
Alimentação 2 carburadores quádruplos carburador quádruplo
CÂMBIO
Tipo e marchas manual, 3 automático, 3
Tração traseira
FREIOS
Dianteiros a tambor a disco
Traseiros a tambor
SUSPENSÃO
Dianteira independente, braços sobrepostos
Traseira eixo rígido
RODAS
Pneus 7,50-14 8,45-15
DIMENSÕES
Comprimento 5,33 m 5,41 m
Entreeixos 3,02 m
Peso 1.780 kg 1.925 kg
DESEMPENHO
Não disponível

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