O SS da mesma época trazia
para-choques na cor, saias e aerofólio; em azul, o ainda mais esportivo
SS Group A de homologação para corridas
Na série VL, o Holden não só
parecia um carro japonês: usava motor de 3,0 litros e caixa automática
Nissan, processo abandonado logo depois |
No
interior, ganhos em conforto incluíam as opções de revestimento dos
bancos em couro, trava elétrica das portas e computador de bordo,
enquanto a suspensão era recalibrada. Um ano depois surgia a primeira
versão esportiva de série do Commodore, a SS, com motores de 4,2 e 5,0
litros e câmbio sempre manual.
A série VK estreava em março de 1984 com as maiores alterações até
então: a carroceria adotava o padrão de seis janelas laterais, o que
deixava as colunas traseiras mais estreitas e dava a sensação de um
carro mais longo. Os para-choque vinham mais envolventes, em plástico, e
a frente renovada tinha grade com poucos frisos. As versões agora
incluíam a Berlina, a Calais (com faixas laterais em prata e painel com
instrumentos digitais) e a SL Executive, com ar-condicionado e caixa
automática, voltada a frotas como as de empresas.
Economia de gasolina já não era uma prioridade para os australianos, o
que levou ao cancelamento dos motores de 1,9, 2,85 e 4,2 litros (o 1,9
permaneceu apenas para exportação à Nova Zelândia). O 3,3 de seis
cilindros, agora opção de entrada da linha, oferecia a opção de injeção
eletrônica — de série no Calais — para chegar a 142 cv. Versões com o V8
5,0 estavam mais leves e traziam freios de maior capacidade.
Uma ampla reestilização vinha em março de 1986 com o Commodore da série
VL, que abandonava a ligação com a Opel em favor de inspiração nos
carros japoneses da época: a frente ganhava linhas mais arredondadas,
faróis compridos e grade diminuta, enquanto o interior trazia novo
painel. Talvez o objetivo fosse mesmo preparar o consumidor para o que
havia sob o capô: um motor de seis cilindros em linha e 3,0 litros
fornecido pela Nissan, com mais potência (155 cv) e menor consumo, para
o que contribuíam os câmbios de cinco (manual) e quatro marchas
(automático, dotado de gerenciamento eletrônico).
Pouco mais tarde no mesmo ano, o motor Nissan vinha em versão com
turbo e 200 cv, mais que no V8 Holden de 5,0 litros. Contudo, a importação do
seis-cilindros japonês se faria inviável pouco depois por causa da
valorização do iene sobre o dólar australiano. A perua ganhava o
acabamento Calais pela primeira vez e, no lado esportivo da linha,
aparecia o SS Group A (em alusão ao Grupo A de competição da FIA), que inaugurava os trabalhos da
divisão Holden Special Vehicles (HSV) com seu motor
de 245 cv e 38,8 m.kgf (leia boxe abaixo).
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