O pacote Insignia e a edição
comemorativa de 60 anos da marca foram as últimas novidades do XJ-S, que
saía de linha para dar lugar ao XK8 |
Discreta
repaginação
De 1989 em diante, a
Jaguar estava sob a tutela da Ford Motor Company. Isso poderia
significar um novo ânimo aos projetos — o que realmente ocorreu em toda
linha, como a garantia estendida para três anos nas peças — com a
transferência de tecnologia, mas também o fim de uma era genuinamente
inglesa, para desespero dos puristas. O fato é que o XJS (agora grafado
sem hífen) recebia alterações discretas em 1991 apenas para ter um novo
fôlego junto aos fiéis consumidores. Os para-choques estavam mais
robustos e integrados ao estilo, mas as aletas laterais, prolongamentos
das colunas, continuavam lá. Segundo o desenhista Geoff Lawson, essas
eram características intrínsecas do modelo.
O seis-cilindros do cupê passava para 4,0 litros, desenvolvendo 237 cv e
39 m.kgf. No ano seguinte o conversível recebia esse propulsor e em
1993 o V12 crescia para 6,0 litros, por meio de curso de pistões mais
longo, passando a produzir 313 cv e 47,3 m.kgf. Para esse motor a caixa
continuava automática, mas agora era uma da General Motors com quatro
marchas. Os freios também recebiam melhorias e as rodas de 16 pol usavam
pneus 225/60. O modelo renovado chegava ao mercado norte-americano em
1993. Trazia inicialmente bolsa inflável para motorista (logo, também ao
passageiro), novas rodas e rádio/toca-CDs, entre outros itens.
Aparecia também o pacote de personalização Insignia para o
conversível. Itens de conveniência e segurança como bancos e
volante com ajuste elétrico, disqueteira para vários CDs,
controlador de velocidade, freios ABS e controle de tração faziam parte. Entre 1992 e 1994, unidades com motor de seis cilindros
e câmbio manual de cinco marchas foram exportadas para os EUA. Em abril
de 1994 o XJS ganhava uma versão comemorativa aos 60 anos da casa de
Coventry. Já o V12 só equiparia o carro sob encomenda,
sinal de um fim próximo.
Após 21 anos de produção e 71 mil unidades, o XJS dava adeus ao mercado
em 1996. Os tempos eram outros e, sob a batuta da Ford, um novo modelo
estava pronto para substituí-lo: o belo
XK8, outra revolução na Jaguar que marcou época. Se não tinha a
mesma elegância das linhas do E-type, o XJS soube carregar a coroa da
exclusividade trazendo atributos como requinte, potência e refinamento.
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