
Compradores do SE30 podiam
aplicar o pacote Jota, com novos anexos aerodinâmicos, rodas especiais e
preparação para levar o V12 a 600 cv


Tomadas de ar atrás da cabine,
rodas e aerofólio pretos identificam o SV, que
tinha motor um pouco mais potente; embaixo, a família reunida

A série especial Monterey,
restrita ao mercado norte-americano, dava ao SV rodas especiais, novas
tomadas de ar e outras opções de cores |

O
motor, que usava as cores preta e dourada, recebia cabeçotes e coletores
de admissão de magnésio, escapamento com menor restrição e central
eletrônica reprogramada, o que resultava em 525 cv a 7.000 rpm sem
alterar o torque. Com 125 kg a menos que o básico, a edição limitada
alcançava 331 km/h. Como a tração integral do VT não foi usada, um
controle de tração com três níveis de atuação (além do modo desativado)
ajudava o motorista a dominar a fera. Havia ainda freios com discos
maiores e perfurados e rodas de magnésio OZ em peça única com maior
diâmetro na traseira, 18 pol, e pneus 335/30, mantendo as dianteiras de
17 pol. Embora também não houvesse o controle eletrônico de suspensão do
VT, um comando interno alterava o efeito das barras estabilizadoras
dianteira e traseira em três modos.
O SE30 foi apenas parte da comemoração: o pacote Jota, em 1995, levava
esse Diablo a um novo patamar de esportividade, deixando-o pronto para
competições. Para-choque dianteiro com defletor pronunciado, aerofólio
ainda mais alto, novas rodas e mais tomadas e saídas de ar eram as
alterações externas. Para aliviar peso, o interior vinha bastante
despojado e recebia peças de fibra de carbono. O motor, de mesma
cilindrada, ganhava reprogramação eletrônica e alterações na admissão e
no escapamento (praticamente livre, mas ilegal para uso em rua), o que
resultava em 600 cv a 7.300 rpm e 65,2 m.kgf a 4.800 rpm; o câmbio
passava a ter seis marchas. De acordo com a empresa, a máxima passava a
340 km/h e de 0 a 100 bastavam 3,9 s. Foram produzidos 28 conjuntos Jota
para aplicação na própria fábrica aos SE30.
Super
Veloce
A carismática sigla SV
— para Super Veloce, superveloz —, já usada no Miura, era aplicada ao
Diablo na versão lançada no Salão de Genebra em março de 1995. Com base
na versão básica, ela trazia alterações da VT como painel mais compacto
e freios maiores, mas sem a tração integral ou o controle de suspensão.
As tomadas de ar eram diferentes, incluindo duas sobre a parte final da
cabine, e a traseira ostentava novo para-choque e um grande aerofólio em
preto (podia ser pintado como a carroceria se desejado), mesma cor do
centro das rodas. As traseiras vinham com 18 pol, mas em três peças como
a do básico e não em uma só como as do SE30.
Um grande logotipo SV
decorava as laterais, assim como os encostos de cabeça dos bancos. Por
dentro, camurça sintética revestia os bancos, deixando o couro do Diablo
básico na lista de opções. Nessa aplicação o V12 desenvolvia 510 cv e o
fazia alcançar 336 km/h. Um derivado, o SVR, atuou na competição
monomarca Diablo Supertrophy (leia boxe abaixo). A edição limitada SV Monterey,
de apenas 20 unidades, foi vendida em 1998 apenas no mercado
norte-americano. Oferecida em cores vivas como verde limão e amarelo,
além de um belo tom de azul, trazia rodas diferentes e as tomadas de ar
laterais do SE30.
Continua
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