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A perua com carroceria Tickford tinha interior mais bem-acabado, mas custava caro e vendeu pouco

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O modelo 1951, com faróis expostos e opção de teto rígido, e sua mecânica, que incluía redução e roda-livre

As portas, não mais fixas, tinham maçaneta só na parte interna e, na aresta superior, um pedaço de couro triangular para que por fora se pudesse enfiar a mão e abrir. Prático e excêntrico. O veículo media 3,35 metros de comprimento, 1,55 m de largura e 1,79 m de altura. Pesava 1.175 kg. Tinha aspecto simpático e era muito ágil em qualquer terreno.

À exceção do pára-brisa em duas peças, quase todo o conjunto era fiel à pré-série inicial. O estepe vinha sobre o capô, característica que se tornaria quase uma marca registrada. Em algumas poucas versões era fixado na parte traseira. Por dentro, tudo era muito rústico. O painel trazia no centro dois mostradores — o velocímetro e outro que indicava nível do tanque de gasolina e temperatura — e entre eles ficava a chave de ignição. O volante de três raios também era de uma simplicidade ímpar. O tanque de combustível vinha sob o banco do motorista.

Seu motor, herdado do automóvel P3/60, tinha quatro cilindros em linha, 1.595 cm³ de cilindrada, potência de 50 cv a 4.000 rpm e torque máximo de 11,2 m.kgf a 2.000 rpm. Usava comando de válvulas no bloco, que era de ferro fundido como o cabeçote. A caixa de câmbio tinha quatro marchas, sendo só as duas últimas sincronizadas, e a tração 4x4 permanente contava com redução e roda-livre no eixo dianteiro. A suspensão usava eixo rígido e feixe de molas à frente e atrás e os quatro freios a tambor tinham comando hidráulico.

No mesmo ano era apresentada a perua (Station Wagon) de duas portas. Com carroceria em alumínio feita pela empresa Tickford e estrutura em madeira, acomodava sete passageiros com conforto, mas tinha aspecto estranho: a frente era idêntica à do jipe, mas a traseira adotava linhas curvas, dando a impressão de montagem adaptada. E custava quase o dobro do irmão menor, pela maior carga tributária. Deixaria de ser fabricada em 1951, depois de 641 exemplares.

Em 1950 o Land perdia a roda-livre: agora a transmissão dianteira é que podia ser desengatada. Um item de conforto que agradaria muito no inverno britânico era o aquecimento interno. Por fora, os faróis não estavam mais protegidos pela grade. Dois anos depois entrava em cena um motor mais forte, com 1.997 cm³, 52 cv a 4.250 rpm e 14,1 m.kgf a 1.500 rpm. Continua

Nas competições
Foi o Land Rover original o carro oficial do famoso e severo Camel Trophy entre 1981 e 1986, voltando em 1988 e 1989. Houve até uma edição dele no Brasil. São provas duríssimas com participação de equipes de várias nacionalidades, que têm que preencher vários requisitos físicos e mentais. Após a pré-seleção, fazem os testes de pista na Inglaterra. O evento foi disputado em vários países, sempre em regiões onde só mesmo o Land Rover dá conta de passar.

Fizeram a Transamazônica em 1980, um ano depois foram para Sumatra, em 1982 na Nova Guiné e em seguida no Zaire. Voltaram ao Brasil em 1984 e no ano seguinte foram a Bornéu. Por volta de 20 veículos largam com duplas. São equipados com um bagageiro que cobre todo o teto e quatro faróis auxiliares fixados nele. Carregam escadas, caixa de ferramentas muito bem aparelhada, dois extintores de incêndio, macaco especial e guincho elétrico. Tudo em nome da aventura.

Em 1985, em Bornéu, os brasileiros Carlos Probst e Tito Rosemberg ganharam o prêmio de melhor espírito de equipe. Em 1989, equipes de 15 países percorreram mais de 1.300

quilômetros em 15 dias na Amazônia.  Houve até algumas etapas canceladas, tal era a dificuldade. Os demais modelos da marca — Discovery, Range Rover e até Freelander — substituíram o veterano jipe nas edições mais recentes. A última foi em 2000.

Em escala

A italiana Bburago fez miniaturas em duas escalas: a mais simples em 1:43 e a mais caprichada em 1:24. É um Land Rover 109 Station Wagon vermelho com o teto branco, da terceira série, réplica do carro que a revista italiana Quattroruote usou no Trans American Tour, da Terra do Fogo até o Alasca.

Recentemente a Universal Hobbies apresentou dois modelos em escala 1:18 muito detalhados: o Defender 110, branco com os emblemas da polícia francesa (acima), e o 90 na cor verde. O nível de detalhe é impressionante. A francesa Solido também fez o Land, na escala 1:43. Era o modelo 109 em várias versões de cores.

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