Cupê de cinco lugares, Sport
Phaeton e Limousine Landaulet de 1929
O Phaeton e o sedã Town Car de
1930, ambos de carroceria Fleetwood |
O
motor — V8, dentro da tradição Cadillac — era um novo projeto, mas que
chegaria a esta marca já em 1928 em versão de maior cilindrada. No
LaSalle os oito cilindros em "V" a 90 graus deslocavam 303 pol³ (5,0
litros), mediante diâmetro de cilindros de 79,4 mm e enorme curso de
pistão de 125,5 mm, e forneciam a potência
bruta (padrão neste artigo) de 75 cv.
Era o bastante para alcançar
velocidade máxima de 115 km/h, ou pouco mais nas versões com perfil mais
aerodinâmico — ótimo desempenho para seu tempo, pois o carro era mais
leve que os da divisão superior. O câmbio era manual de três marchas,
com alavanca no assoalho, e a suspensão usava eixos rígidos.
No campo de provas da GM em Milford, os pilotos Willard Rader e Gus Bell
obtiveram média de 153,2 km/h com um LaSalle de motor levemente
preparado ao rodar 1.532 quilômetros, com nove paradas só para abastecer
e trocar pneus.
A linha 1928 trazia mudanças sutis, como 28 pequenas saídas de ar nos
capôs em vez de 12 maiores e potência aumentada para 80 cv. No ano
seguinte, diante do êxito dos modelos de entreeixos longo, toda a linha
— salvo o roadster e os Phaetons — passava a usar o de 3,30 m. O motor
crescia para 328 pol³ (5,4 litros) e 86 cv, a caixa de câmbio vinha toda
sincronizada (inovação lançada um ano
antes pela Cadillac) e os freios evoluíam, embora ainda com comando a
cabo. Os pneus tinham a medida 6,50-19.
E veio a
Depressão
O LaSalle 1930
continuava a aumentar em comprimento, largura e entreeixos — 3,40 m em
toda a linha, sem opção de chassi curto mesmo nos conversíveis. Além das
rodas de madeira de 19 pol, podia vir com aros de metal e pneus 7,00-18.
O radiador mais alto parecia anunciar o novo crescimento de cilindrada,
agora para 340 pol³ (5,6 litros). E não pararia por ali: um ano mais
tarde chegaria a 353 pol³ (5,8 litros) e 95 cv, como no Cadillac desde
1929. Os modelos das duas marcas eram agora praticamente iguais em
desenho, com diferenças apenas no acabamento — e no preço, cerca de 500
dólares mais baixo no LaSalle.
Apesar da vantagem financeira, a marca
mais acessível vendeu apenas metade do volume da mais cara.
O fato é que a Depressão iniciada pela quebra da bolsa de valores de
Nova York na "quinta-feira negra", 29 de outubro de 1929, derrubou as
vendas de carros de luxo. De 22.691 unidades no ano desse acontecimento,
o mercado para a LaSalle cairia para apenas 3.290 exemplares em 1932.
A
crise levava muitos compradores de Cadillac a migrar para a nova divisão
de automóveis mais baratos e... menos lucrativos para o fabricante. O
sistema de marcas associadas já não parecia promissor, o que levou ao
fim da Viking e da Marquette entre 1930 e 1931 (a Pontiac, por sua vez,
assumia o espaço da Oakland).
Continua
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