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A carroceria de 1998 aderia por inteiro às curvas, para um aspecto de acordo com os novos tempos, e agora havia duas opções de entreeixos

Conforto e acabamento continuam hoje os destaques do Town Car (na foto o de 2006), que pode se despedir com a chegada do Lincoln MKS

Por dentro as mudanças foram mais radicais. As linhas retas caíam e no lugar delas vinha um painel mais elaborado e curvilíneo, estilo definido como orgânico pela marca. Novos também eram bancos, volante e painéis de portas. Os assentos, aliás, continuavam com comandos elétricos e regulagem lombar inflável, além de receber aquecimento como opção. Apoio de braço central para motorista e passageiro também fazia parte do pacote. Essa reforma visual discreta foi o suficiente para manter o carro competitivo até a estréia de um modelo todo novo em 1998.

Até os clássicos mudam   O visual sisudo e elegante do Town Car teve de acompanhar os novos tempos. A terceira geração do grande Lincoln rompeu de vez com o padrão retilíneo e abusava de linhas fluidas e curvas. A identidade visual ainda estava lá, mas de forma modernizada. Os faróis delgados continuavam pela lateral, mas diminuíam o tamanho conforme se aproximavam da grade. Esta, por sua vez, sempre cromada, estava mais arredondada na borda inferior e, no seu topo, um acabamento dava um ressalto ao capô.

Os pára-choques, na cor da carroceria, estavam envolventes e traziam um discreto filete cromado que também aparecia na lateral. O teto arredondado tinha caída suave e a terceira coluna perdia a janela dos modelos anteriores. O porta-malas enorme também terminava de forma suave, em curva, e era ornado por grandes lanternas verticais e arredondadas no topo, com o logotipo da marca. A placa de licença era contornada pelas luzes de ré, uma em cada lado, e uma ampla moldura cromada encerrava o conjunto.

O interior, sempre confortável, era amplo e as curvas de fora se repetiam por dentro. Tudo mudava: apliques de madeira estavam por toda parte e os controles e instrumentos estavam mais arredondados. A alavanca de câmbio ainda vinha na coluna de direção, mas os bancos dianteiros eram individuais. Já os passageiros de trás contavam com saídas independentes do ar-condicionado. O Town Car oferecia duas opções de entreeixos. À normal, com bons 2,99 m, era acrescida a versão com 3,14 m, batizada de "L" (long). O comprimento das versões normal e longa era de 5,46 m e 5,62 m, na ordem. Com largura de 1,98 m e altura de 1,47 m, estava mais pesado, com 2.100 kg, e o tanque comportava 72 litros.

O motor permanecia o V8 de 4,6 litros, agora com 202 cv e 38 m.kgf. O câmbio automático de quatro marchas distribuía essa força às rodas traseiras. A suspensão continuava com eixo rígido atrás, dotado de paralelogramos de Watt, e os freios contavam com ABS. No fim de 2000 chegava a versão Touring Edition. Junto a maior potência (238 cv), vinham rodas de 16 pol, pneus mais largos e duas saídas de escapamento. Apesar de ser considerado antiquado por muitos, o Town Car recebia elogios pelo acabamento esmerado, espaço, conforto e potência.

O ano de 2003 foi marcado por mais uma reforma de estilo. Os projetistas da Lincoln trouxeram de volta as linhas retas para a frente com uma boa diminuição da grade, o que acabou em conflito com o resto da carroceria cheia de curvas. Esse também foi o ano de despedida do acabamento Cartier, substituído no ano seguinte pela versão Ultimate. O motor de 4,6 litros passava a 238 cv como padrão. A nova assistência de direção a deixava mais firme conforme crescia a velocidade, enquanto sensores de estacionamento eram opcionais para a versão Executive (básica) e de série nas demais. O interior pouco mudou. Além da inclusão de um relógio analógico, recebia completa estação de entretenimento com DVD e sistema de navegação via satélite.

Atualmente a situação do Town Car é curiosa. Seus primos mais humildes, Crown Victoria e Grand Marquis, parecem estar em fim de carreira e 2008 deve ser o último ano dos três. Enquanto isso a produção do Lincoln, em 2007, saiu dos EUA com o fechamento da fábrica de Wixom e migrou para Ontário, Canadá. Contudo, a chegada do Lincoln MKS — anunciado pela Ford como o novo topo de linha de sua marca de luxo — pode ser o golpe final contra o Town Car, um carro que prometeu e cumpriu ser a opção mais luxuosa fabricada por e para americanos.

Ficha técnica
_ Town Car 1989 Town Car 1995 Town Car Cartier L 2001
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 8 em V
Comando e válvulas por cilindro no bloco, 2 no cabeçote, 2
Diâmetro e curso 101,6 x 76,2 mm 90,2 x 90 mm
Cilindrada 4.949 cm3 4.601 cm3
Taxa de compressão 8,9:1 9:1 9,4:1
Potência máxima 152 cv a 3.200 rpm 213 cv a 4.250 rpm 223 cv a 4.750 rpm
Torque máximo 37 m.kgf a 2.000 rpm 37,3 m.kgf a 3.250 rpm 36,6 m.kgf a 4.000 rpm
Alimentação injeção multiponto
CÂMBIO
Marchas e tração automático, 4, traseira
FREIOS
Dianteiros a disco ventilado
Traseiros a tambor a disco
Antitravamento (ABS) não sim
SUSPENSÃO
Dianteira independente, braços sobrepostos
Traseira eixo rígido
RODAS
Pneus 215/70 R 15 225/70 R 16
DIMENSÕES
Comprimento 5,56 m 5,62 m
Entreeixos 2,97 m 2,98 m 3,14 m
Peso 1.840 kg 1.830 kg 2.455 kg
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