

O S7 de 1978, que deu início à
trajetória da Donkervoort, e o curioso D8 GT (embaixo), com seus faróis
embutidos e portas de abertura vertical


Duas interpretações nacionais: o
Motiva 416R com motor Ford, projeto de Eduardo Polati, e o Dynamic 7
(embaixo) com mecânica Chevrolet |
O
D8, até hoje em produção, foi oferecido nas versões Ford Zetec de 140 e
160 cv, havendo também as com motores Cosworth entre 220 e 280 cv,
feitas até 1998 — quando os motores Ford foram substituídos pelos da
Audi com 150 a 270 cv. Para o mais potente existiu a versão especial 270
RS, para comemorar um recorde para sua categoria em Nordschleife, o anel
norte do circuito alemão de Nürburgring. As últimas versões do
Donkervoort têm chassi mais largo, que atende a uma demanda por maior
espaço frequente entre os atuais compradores de Seven.
A revista European Car testou em 2009 um Donkervoort CSR com
motor Audi 1,8 turbo de 210 cv e definiu o CSR como "uma cara banheira,
mas um tremendo carro e o melhor uso para o motor 1.8T em que poderíamos
pensar". A revista dizia que a "aceleração é eletrificante. Longo curso
de acelerador e diferencial autobloqueante
evitam queimadas de pneus acidentais e transformam essa arma de pista em
um guerreiro de estradas usável em fins de semana. Mas pise no
acelerador fundo o bastante e os pneus traseiros vão pular antes de
conseguir aderência. O pequeno volante de corrida Momo parece conectado
às rodas e sua resposta em curva é telepática".
A D8 GT, embora com carroceria toda nova, com teto fixo, portas de
abertura vertical e faróis embutidos, ainda guarda certa inspiração no
Seven. Sua máxima na versão mais potente é de 245 km/h. Entre outros
países da Europa continental a terem versões do carro estão a Suécia,
com o Dosjebro Racing e o Wiba (este com extenso uso de fibra de
carbono); a Espanha, com o MG Emporda Garbi e o Hispano-Aleman Mallorca
(com motor Seat); e a Grécia, com o TSV.
No Brasil, talvez o primeiro "sevenesque" tenha sido o V-Raptor, criado
pelo engenheiro Eduardo Sala Polati e um grupo de alunos da FEI
(Fundação Educacional Inaciana). Polati pensava em criar uma versão
remodelada do Seven e, sem a infraestrutura necessária, resolveu
patrocinar um projeto de formatura de três alunos de Mecânica
Automobilística da FEI, Alexandre Rizzardo, André Sperl e Marcelo
Federici. O carro foi projetado em quatro meses e o protótipo ficou
pronto em outros oito.
Com motor V6 biturbo de Audi com 300 cv, atinge
260 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em menos de 4 segundos. Foi feito
apenas para pista, mas há intenção de fazer uma versão para rua. Outro
Seven de Polati, o Motiva 416R, usa motor Ford Zetec Rocam 1,6 com 140
cv.
Já o primeiro clone nacional para rua do Seven foi o Guará, de 2005, com
motor VW AP 1,6 e tração traseira. No ano seguinte apareceu o
Brandemburg H8, construído em Pinhais, PR, com projeto de Roberto
Heckmann e Arnaldo Wrublevski.
O Dynamic 7, revelado em 2009, foi o
resultado do projeto de Vagner Esmanhoto. Com motor Chevrolet 1,6
preparado para 150 cv, faz de 0 a 100 km/h em 6 segundos. Também
apresentado no mesmo ano, o Starling Seven, de Belo Horizonte, MG, tem
motor Ford Duratec 2,0 de 147 cv ou VW 2,0 com 160 cv e acelera de 0 a
100 km/h em cerca de 6 segundos. Ainda nesse ano, alunos da FAAP
(Fundação Armando Álvares Penteado) de São Paulo, SP apresentaram um
protótipo de outra réplica.
Lançado há mais de meio século, o Lotus Seven permanece vivo nos quatro
cantos do mundo por meio de numerosas cópias e interpretações. Foi mesmo
um campeão da clonagem.
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