

Novo capô no GT, que podia vir
com motor 2,3, e versão LDO (carro branco) eram novidades da linha 1977;
dois anos depois a produção era encerrada |
Após
a aposentadoria nos EUA, em 1977, a Ford apresentava a segunda fase do
Maverick brasileiro: suspensões, freios, grade, bancos e lanternas
traseiras eram modificados. Pneus radiais, caixa automática e
ar-condicionado passaram a ser oferecidos com qualquer acabamento e
motor. O padrão LDO passava a ser disponível aqui, traduzido como
Luxuosa Decoração Opcional. Trazia os mesmos detalhes do americano, como
painel imitando madeira e revestimento mais caprichado. O GT recebia o
capô do Grabber americano de 1971, com duas entradas de ar falsas e sem
as travas externas, e podia vir com o motor de quatro cilindros, para
desespero dos "veoiteiros". A Ford não foi a única a combinar acabamento
esportivo e motor menor, pois a GM teve à mesma época o Opala SS4 de 2,5
litros.
Para 1978 a empresa apresentou o Corcel II, o que representou o canto do
cisne para o Maverick. Mais leve e disponível pouco depois com motor de
1,6 litro e câmbio de cinco marchas, não demorou a cair no gosto do
público. O Maverick, cujas pretensões brasileiras eram a de se tornar um
produto intermediário entre o Corcel e o Galaxie, foi superado. A Ford
ainda estudou uma ampla remodelação, com frente e traseira inspiradas
nas do novo Corcel, o que nunca se concretizou. Em seu lugar lançaria em
1981 o Del Rey.
A produção do Maverick foi encerrada em abril de 1979 com um total de
108.106 unidades (10.573 do GT, 85.654 dos demais cupês e 11.879 do
quatro-portas). Desde então a Ford nunca mais teve um esportivo de motor
V8 no mercado brasileiro — e nada leva a crer que voltará a fazê-lo tão
cedo. Encerrava-se uma carreira de menos de seis anos e para muitos, em
especial os apreciadores da versão 302 V8 GT, restou uma grande saudade:
hoje eles são disputados a peso de ouro no mercado de carros antigos.
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