Em setembro de 1992 havia uma reestruturação de versões. O 200 E-16 trazia quatro válvulas por cilindro, para chegar a 136 cv. O 230 E dava lugar ao 220 E, com um quatro-cilindros de 2,2 litros e 150 cv, e o 300 E era substituído por duas opções de seis cilindros em linha e 24 válvulas: o 280 E (2,8 l, 197 cv) e o 320 E (3,2 l, 220 cv). No ano seguinte a marca da estrela adotava o atual padrão de denominação, em que a letra correspondente à série precede o número alusivo ao motor. Enquanto o modelo 190 dava lugar à primeira geração do Classe C, as demais linhas tinham a letra trocada de posição — de 500 SL para SL 500, por exemplo.

O conversível de quatro lugares foi a última versão da família a ser lançada e a sair de produção, pois não teve sucessor dentro da própria linha Classe E

No caso do Classe E, a letra agora identificava a série e não mais a injeção de combustível (Einspritzung em alemão), como em E 320, E 420 (no lugar de 400 E) e E 500. Com isso, versões a diesel também ganhavam o "E": o 300 D tornava-se E 300 Diesel. A mudança acontecia em junho, ao mesmo tempo que as leves alterações de estilo: grade mais integrada ao capô, a estrela da marca em separado, novos pára-choques, luzes de direção dianteiras incolores e traseiras em tom fumê, moldura cromada sobre a placa de licença. Mais tarde, em setembro, duas versões especiais eram apresentadas pela AMG, a preparadora alemã que iniciou atividades em 1967, elaborando Mercedes de alto desempenho para rua e pista, e agora trabalhava em cooperação com o fabricante.

Disponível como sedã, cupê e conversível, o E 36 AMG usava uma versão do seis-em-linha com 3.604 cm³, 272 cv e 39 m.kgf, com o que arrancava de 0 a 100 em sete segundos (mesmo com câmbio automático de quatro marchas) e atingia 250 km/h. A outra novidade, muito especial, vinha representar o topo da linha: o sedã E 60 AMG. Seu grande V8 de 5.956 cm³ e 32 válvulas chegava a 381 cv e 47,9 m.kgf, para acelerar de 0 a 100 em 5,4 s, apesar dos expressivos 1.710 kg, e alcançar 250 km/h (limite eletrônico). Também com caixa automática de quatro marchas, a versão foi feita por pouco mais de um ano em série reduzida.

Grade, pára-choques e lanternas eram alterados no modelo 1993 do W124, que adotava o atual padrão de denominação da marca

Com a apresentação da nova geração W210 (o Classe E de quatro faróis ovalados) em 1995, a Mercedes iniciava a substituição da série W124. Os últimos sedãs a gasolina foram feitos em agosto daquele ano, mas a versão a diesel, algumas peruas e cupês foram até fevereiro de 1996. O conversível estendeu-se a julho de 1997, pois não teve sucessor direto, assim como o cupê — a Mercedes lançou em seu lugar o CLK, de menor porte, derivado do Classe C de 1993.

O W124 somou 2.583.470 unidades produzidas, sendo 80% de sedãs. E deixou muitos admiradores com sua combinação de estilo imponente, técnica de vanguarda, elevado conforto e qualidade de construção primorosa.

Ficha técnica
_ 500 E
(1991)
E 36 AMG Coupe
(1994)
E 60 AMG
(1994)
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal,
8 em V
longitudinal,
6 em linha
longitudinal,
8 em V
Comando e válvulas por cilindro duplo nos
cabeçotes, 4
duplo no
cabeçote, 4
duplo nos
cabeçotes, 4
Diâmetro e curso 96,5 x 85 mm 91 x 92,4 mm 100 x 94,8 mm
Cilindrada 4.973 cm3 3.604 cm3 5.956 cm3
Taxa de compressão 10:1 10,5:1 10:1
Potência máxima 326 cv a
5.700 rpm
272 cv a
5.750 rpm
381 cv a
5.600 rpm
Torque máximo 49 m.kgf a
3.900 rpm
39,3 m.kgf a
3.750 rpm
48 m.kgf a
3.900 rpm
Alimentação injeção multiponto
CÂMBIO
Tipo, marchas e tração automático, 4, traseira
FREIOS
Dianteiros e traseiros a disco ventilado
Antitravamento (ABS) sim
SUSPENSÃO
Dianteira independente, braços sobrepostos
Traseira independente, multibraço
RODAS
Pneus 225/55 ZR 16 225/45 ZR 17 225/55 ZR 16
DIMENSÕES
Comprimento 4,75 m 4,65 m 4,75 m
Entreeixos 2,80 m 2,71 m 2,80 m
Peso 1.700 kg 1.540 kg 1.710 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 250 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 6,1 s 7,0 s 5,4 s

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