No modelo 1950, cuja carroceria foi usada sem grandes alterações até 1954, o estilo da época: capô e porta-malas altos, pára-lamas baixos, duas portas sem coluna central

O desenho de 1955: rabos-de-peixe discretos e pára-brisa envolvente

Depois dos quatro faróis de 1958 (em cima), um ano de excessos: o Olds 1959 ganhava largura, comprimento e muita ousadia de estilo

Essa primeira fornada da Olds teve a produção interrompida em 1942, em função da destinação das indústrias a contribuir na Segunda Guerra Mundial. Só quatro anos após o fim do conflito, em 1949, era apresentada a segunda geração. Suas linhas mudavam por inteiro, lembrando Chevrolets da época. Desenhado por Harley Earl com inspiração no avião de caça Lockheed P-38, esse 98 era chamado de Futuramic.

Trazia frente longa, com capô e pára-lamas ainda destacados, mas de forma mais suave. Abaixo de cada farol aparecia uma grade cromada. A grade principal, também cromada, tinha um formato oblongo que se unia ao grande pára-choque para criar uma frente intimidante. As laterais eram lisas, com apenas um acabamento cromado abaixo das portas, e os pára-lamas traseiros vinham bem destacados da carroceria. Em sua lateral surgia um friso cromado e, acima, outro friso que terminava nas lanternas em um discreto rabo-de-peixe. O porta-malas seguia a tendência do capô e era mais alto que as laterais.

A mecânica evoluía com a adoção do motor Rocket (foguete), com os oito cilindros na disposição mais comum em "V", válvulas no cabeçote e maior taxa de compressão. Oferecido nas configurações de 5,0 e 5,3 litros (303 e 324 pol³, na ordem), destacava-se pelo alto desempenho para a época: enquanto um Ford V8 flathead do mesmo ano (já reconhecido pelo desempenho) desenvolvia 100 cv, o Rocket de menor cilindrada fornecia entre 137 e 167 cv, dependendo dos carburadores adotados, de corpo duplo no primeiro caso e de corpo quádruplo no outro. O de 5,3 litros entregava 204 cv e torque de 45,8 m.kgf.

Em crescimento   Para 1955 a Oldsmobile apresentava a terceira geração de seu topo de linha. A plataforma do 98 crescia 3,2 centímetros e o motor de 5,3 litros dava espaço a uma unidade maior, de 371 pol³ (6,1 litros), com 280 cv e 55,3 m.kgf. As linhas do carro mantinham a identidade do anterior, mas estavam mais pujantes. Pára-brisa envolvente, pára-choque e grade em uma só peça que formava uma grande "boca" cromada e pintura em dois tons, com os pára-lamas traseiros mais pronunciados, davam o tom da época.

Em 1958 vinha uma nova frente com quatro faróis, cujas molduras se estendiam pelas laterais até chegar às portas. Grade e pára-choques estavam maiores e mais imponentes, em um padrão de estilo adotado por toda a indústria americana naquele período de excessos de desenho. O motor estava mais potente, com 309 cv. O consumidor americano, porém, não aprovou as formas e levou a marca a declinar em vendas em 1957 e 1958. Exagerado mesmo era o modelo 1959, já redesenhado para seguir as diretrizes da corporação: Chevrolet e Pontiac ficavam com a chamada plataforma A; Buick e Oldsmobile, com a B; e Cadillac, com a C. A destinada à Olds continuava com 3,20 m de entreeixos, mas era bem mais larga e longa que a dos anos anteriores.

Somada ao perfil mais baixo, a carroceria estava bem mais ousada, em um abandono dos padrões estéticos dos anos 50. O pára-brisa envolvente, chamado de Vista Panoramic, ganhava uma curva no topo e os quatro faróis vinham espaçados, com a luz de direção entre o par de cada lado, deixando a grade bem menor. Como no Chevrolet 1959, o vidro traseiro também envolvia as laterais. No interior destacava-se a simetria do painel, em que o lado do passageiro imitava a forma do quadro de instrumentos. Sob o capô, o maior V8 dessa primeira geração era adotado, com 394 pol³ (6,5 litros), carburador de corpo duplo, 318 cv e 60,1 m.kgf. Continua

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