![](../carros/gm/antigos2/senator-b-1991-business-class-int1.jpg)
A requintada versão Business
Class de 1992, que trazia telefone e novo sistema de áudio, foi uma das
últimas novidades ao lado do motor 2,6
![](../carros/gm/antigos2/senator-b-8.jpg)
![](../carros/gm/antigos2/senator-b-2.jpg)
Embora definido pela imprensa
como "redondo e tranquilizador", faltou prestígio a esse grande Opel
para concorrer com marcas tradicionais |
A
revista inglesa Car colocou o Vauxhall Senator 24V frente a frente com o
Mercedes 300E-24 em 1990. Os comentários
incluíram boa estabilidade, posição de
dirigir correta (mas com volante de diâmetro exagerado), caixa automática que escolhia a marcha certa
"quase todo o tempo" e maior espaço no banco traseiro que no
concorrente. O mostrador de computador de bordo lembrava, nas
palavras da publicação, uma calculadora barata. Em desempenho o Mercedes
foi superior, graças à potência de 231 cv (27 cv a mais), mas a revista
destacou que "na prática a diferença parece sutil, pois o motor da GM é
forte em regimes médios, onde o desempenho conta realmente, e prova
disso é a retomada de velocidade, que supera a do Benz".
"O que quer que os números digam, estes são sedãs rápidos. E são
também muito suaves. A maior parte do tempo você tem dificuldade para
ouvir o esforço dos motores", observava A conclusão foi de
que "o Mercedes é o carro" caso se pudesse pagar o preço adicional.
Ao escolher o Senator, o comprador levaria "um dos carros executivos mais subestimados
que existem. Ele pode ter pequenas falhas, mas é um dos grandes sedãs
mais 'redondos'. É espaçoso, tranquilizador, e quando provocado faz-se
de esportivo com agradável convicção. Contudo, ele ainda não vai ameaçar a Mercedes, como suas
vendas provam."
Os últimos anos reservaram poucas mudanças. Em 1990 vinham
lanternas traseiras escuras, defletor no porta-malas, comando hidráulico
de embreagem e controle eletrônico da caixa automática. O motor 2,5
crescia para 2,6 e ganhava coletor variável um ano depois, ficando com 150
cv e 22 m.kgf. Em 1992 aparecia a versão Business Class, com o motor de
24 válvulas, telefone veicular, novo sistema de áudio e telas contra sol
no vidro traseiro com comando elétrico. O 2,6 e o 3,0 de 12 válvulas saíam de produção meses depois,
restando só o CD 3,0 24V para concluir a produção do modelo em agosto de
1993.
A segunda geração teve cerca de 70 mil unidades fabricadas em seis anos,
contra quase 130 mil da primeira em quase 10 anos. A trajetória de
qualquer uma delas, apesar de seus atributos, pode ser considerada
fracassada na tentativa de competir com Mercedes e BMW. As razões passam
pela falta de prestígio da marca no segmento de luxo, pelo uso de
motores já superados (exceção ao de 24 válvulas) e de alto consumo e
pela ausência, até o fim da produção, de oferta de bolsas infláveis —
item de segurança que alguns concorrentes tinham já na década de 1980.
Da mesma forma que o primeiro Senator sucedeu a três modelos,
quando o segundo se retirou do mercado a Opel substituiu Senator e Omega
por um só automóvel: a segunda geração deste último, lançada em 1994.
Quando esse Omega chegasse ao fim, em 2003, a marca se
despediria em definitivo dos grandes de tração traseira. Uma longa tradição entraria para a história.
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