



Séries especiais: a Quicksilver
(em prata), com detalhes do Rallye, e a Techno, que trazia limpadores
automáticos e sensor de estacionamento
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No Brasil
Instalada
como importadora em 1992, a Peugeot vinha participando do mercado
nacional com produtos feitos na França e na Argentina (caso do 306 e do
405). Com o lançamento europeu do 206 ela ganhou um produto de peso para
o segmento brasileiro de carros pequenos, mesmo sendo penalizada pela
alta do dólar no começo de 1999 e pelo Imposto de Importação sobre
modelos trazidos de fora do Mercosul. Certamente por isso o volume
importado no primeiro ano foi limitado, 4.500 unidades, o que alguns
concorrentes vendiam em apenas 15 dias.
O 206 fez sua estreia por aqui em abril de 1999 em três versões: Soleil
(sol em francês), Passion (paixão em inglês) e Rallye, em ordem
ascendente de preço, com opção entre três e cinco portas. O motor era
sempre o de 1,6 litro e duas válvulas por cilindro, com 90 cv e 14
m.kgf. Competitivo em preço com Corsa, Gol, Palio, Fiesta e Clio, teve
boa aceitação pelo projeto moderno, linhas atraentes, boa estabilidade e
desempenho adequado, embora faltasse ao Rallye um tempero esportivo sob
o capô. As diferenças da versão estavam restritas ao acabamento, caso
das rodas de alumínio, para-choque dianteiro com abas nas laterais e
faróis de neblina. Com a inauguração da fábrica do grupo PSA Peugeot
Citroën em 2001, em Porto Real, estado do Rio de Janeiro, o 206 ganhou
cidadania brasileira.
O modelo nacional vinha com motor de 1,0 litro, 16 válvulas, 70 cv e 9,5
m.kgf adquirido da Renault, pois não havia um similar na gama Peugeot
nem mesmo na França. Oferecia os acabamentos Selection, Selection Pack e
Soleil (dotada de série de direção assistida, entre outros itens),
sempre com três ou cinco portas. A versão de 1,6 litro, que já era feita
na Argentina para evitar o tributo de importação, ganhava quatro
válvulas por cilindro em julho e passava a fornecer 110 cv e 15 m.kgf, o
que trouxe ótimo desempenho — máxima de 198 km/h e 0-100 em 10,5
segundos. As versões de acabamento do 1,6 eram mantidas, mas os pneus
cresciam de 175/65 R 14 para 185/65 R 14 e todos vinham com freios a
disco nas quatro rodas, ar-condicionado e bolsas infláveis frontais. O
Rallye recebia faróis de superfície complexa,
maçanetas de alumínio e volante e pomo do câmbio com revestimento em
couro.
Uma edição especial aparecia em 2002 em parceria com um fabricante de
roupas e itens esportivos: a Quicksilver, disponível apenas na cor prata
e com três portas, mas com os dois motores. Além de adesivos da marca
nas portas, trazia para-choque dianteiro e faróis do Rallye, rodas de
alumínio, bancos mais envolventes com revestimento em tecido exclusivo
azul e cinza e quadro de instrumentos com fundo prata. A boa aceitação
levou a Peugeot a tornar a série uma versão normal de linha. No mesmo
ano os 206 1,6 tornavam-se brasileiros, pois a situação da economia
argentina vinha reduzindo a competitividade dos produtos trazidos de lá.
Em junho de 2003 chegava outra edição limitada, a 206 Techno, que
acrescentava sensores de estacionamento
na traseira, acionamento automático de faróis e de limpador de
para-brisa aos modelos de 1,0 e 1,6 litro. Nesse ano o motor 1,6 passava
a ser fabricado em Porto Real. Continua
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