Linhas modernas e interior
refinado, com painel central, associavam-se a requintes técnicos:
controle de estabilidade e motores de até 245 cv
Em 2006, sutis mudanças de
estilo para manter a Espace atualizada |
Mas
a Espace continuava a se renovar e vendia muito bem: era líder no
segmento. Em 1998 vinha uma nova versão alongada em 27 centímetros, a
Grand Espace, para atender a uma reivindicação do mercado. Tanto esta
quanto a outra podiam contar com duplo teto solar, ar-condicionado
dianteiro e traseiro e bolsas infláveis.
Um novo motor passava a equipar a linha. De quatro cilindros e 1.998
cm³, tinha duplo comando e quatro válvulas por cilindro para render 140
cv e 19,2 m.kgf. Com máxima de 188 km/h e 0-100 em 11,5 s, tinha como
opcional caixa automática e usava modernos pneus 225/55-17. Devidos aos
novos equipamentos e tecnologias, todos os modelos da linha estavam mais
pesados. Na Grand Espace, que media 4,79 m de comprimento, os modelos de
quatro cilindros estavam com 1.660 kg e o V6 com 1.755 kg. Para 1999 o
V6 passava a contar com 24 válvulas e a potência subia para 194 cv, com
torque de 27,2 m.kgf.
Plástico
por aço
Em 2002 a Espace estava
toda remodelada. Sua quarta geração era produzida toda em chapas de aço
estampado, na unidade de Sandouville, cidade litorânea às margens do
Canal da Mancha no norte da França. Usava a mesma plataforma do Renault
Laguna e do Vel Satis. A Matra passava a produzir o Avantime, que
infelizmente seria seu último produto. O empresário Jean-Luc Lagardère
falecia em março de 2003 e a fábrica fechava no mesmo ano. Era uma parte
importante da história automobilística francesa que se perdia. Em
setembro o famoso grupo italiano Pininfarina comprava as partes de
engenharia, testes, projetos e protótipos da Matra. Foram parar em boas
mãos.
A nova Espace media 4,66 m na versão curta e 4,86 m na longa. A largura
era de 1,86 m e a altura de 1,74 m. Os faróis envolventes eram enormes
e, assim como a grade dividida por um “V” central, faziam presença com o
pára-choque de formas arredondadas. O desenho da frente seguia o estilo
de Clio, Mégane, Scénic, Laguna e Vel Satis. A lateral exibia
modernismo, assim como a traseira. Havia duplo teto solar e um bagageiro
com regulagem de comprimento que podia ser confundido com um pequeno
aerofólio.
Por dentro conseguia ter mais espaço, visibilidade e conforto. O painel
central era todo digital, com boa visualização. Atrás dos apoios de
cabeça dos bancos dianteiros havia monitores de DVD, para divertir e
entreter as crianças nas longas viagens. Em cada painel de porta
dianteiro havia controles de ventilação e, no volante, acionavam-se
rádio/CD e controlador de velocidade. No
que se referia à segurança, contava com
controle de estabilidade, bolsas infláveis frontais e laterais e
sensores auxiliares de estacionamento. A
fábrica oferecia garantia de três anos ou 150 mil quilômetros.
Um dos destaques era o moderno motor diesel de 1.995 cm³ com 175 cv,
máxima de 198 km/h e 0-100 em 11 s. O cliente ainda tinha à disposição
os 2,0-litros de 16 válvulas a gasolina com 140 e 170 cv, este último
com turbo. O topo de linha passava a ser o V6 de 3.498 cm³, 241 cv e
33,7 m.kgf, associado a um câmbio automático de cinco marchas, que a
levava a 225 km/h. A oferta a diesel tinha também versões de 130 e 150
cv. Em 2006 recebeu leves alterações nos faróis e pára-choques.
A concorrência está cada vez mais forte, mas o monovolume francês
continua a garantir seu espaço.
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