Cobra:
The First 40 Years - por Trevor Legate, editora Motorbooks.
Considerado obrigatório para os interessados na marca pela
revista norte-americana Road and Track, o livro traz 288
páginas, cerca de 300 fotos e muita informação sobre o Cobra
original, o cupê Daytona, as recriações por Shelby e parte das
muitas réplicas já feitas pelo mundo. Publicado em 2006.
AC Cobra: The Complete Story - por Brian Laban, editora
Crowood. Em 208 páginas, a obra de 1997 traz a trajetória do
modelo, biografias das pessoas envolvidas em sua criação, dados
técnicos e dicas de compra e de restauração.
Cobra (Motorbooks Classics) - por Dave Friedman,
Motorbooks. O livro de 160 páginas, lançado em 2003, conta a
história dos carros esporte e de corrida de Shelby com centenas
de ilustrações.
AC
Cobra - The Truth Behind the Anglo-American Legend -
por Rinsey Mills, editora Haynes Publishing. Parte da série
Great Cars (grandes carros) da editora, a obra que se propõe a
contar "a verdade por trás da lenda anglo-americana" tem 160
páginas e foi publicada em 2002.
Shelby Cobra - Gold Portfolio - 1962-1969 - por R. M.
Clarke, editora Brooklands Books. Como de hábito, a compilação
de Clarke conta sobre o carro no ponto de vista de quem o
dirigiu na época, com testes, informações técnicas e de
competição, dicas de compra e outros artigos publicados em
revistas. Inclui o cupê Daytona. Publicado em 1990, tem 172
páginas.
Shelby: The Man, The Cars, The Legend - por Wallace A.
Wyss, editora Iconografix. O carismático Carroll é o centro do
livro de 208 páginas publicado em 2007. Além de tudo o que o
cerca o Cobra, a obra comenta seus trabalhos sobre modelos Dodge
de tração dianteira, o desenvolvimento do Viper e o modelo
Shelby Series I de pouco sucesso. |
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Em
seu rancho na Califórnia, Carroll havia criado galinhas, negócio que
fracassou logo na segunda criação por causa de uma doença nos frangos. É
evidente que não era essa sua paixão. Por causa de problemas cardíacos,
não podia mais correr de carros — sua última temporada fora a de 1960 —,
mas sonhava em construir um. Valorizava muito os potentes motores
norte-americanos da época, em geral com oito cilindros em “V”, e sonhava
em adaptar um deles a uma carroceria leve que tivesse uma boa estrutura.
Shelby já havia corrido com um Allard, um esportivo leve que usou
mecânica Cadillac e também Chrysler. Em setembro de 1961 o texano enviou
uma correspondência especial aos ingleses da AC. Sua proposta, muito
interessante, era inserir um motor digno no belo carro e fazer dele um
esportivo competitivo. Na ilha britânica, Charles Hurlock, proprietário
da AC Cars, ficou entusiasmado com a ideia. As cartas continuaram e
ambos se engajaram no novo projeto.
O sonho de Shelby era ver um Ferrari comendo poeira. Queria cutucar a
traseira de um carro de Maranello e depois ultrapassá-lo com galhardia.
Para a Inglaterra foi enviado um lote de motores, caixas de câmbio e
outras peças importantes para ser montadas e adaptadas. Foi escolhido o
motor Ford V8 de bloco pequeno de 260 polegadas cúbicas (cerca de 4,3
litros) que equipava o sedã Fairlane, um pouco mais musculoso e pesado
que o Bristol de seis cilindros em linha.
Carroll conseguiu o propulsor graças a um bom contato que tinha
em Dearborn, sede da Ford, nos arredores de Detroit: Dave Evans, gerente
de competições de Stock-Cars da marca. Na época nenhuma das três grandes
— General Motors, Ford e Chrysler — queria ter envolvimento direto com
as corridas por causa dos altos custos. Com seu sotaque texano carregado
e o inseparável chapéu de caubói, Shelby atraiu para a empreita talentos
como o inglês Ken Miles, engenheiro e piloto de testes, e Pete Brock,
projetista que vinha da GM.
Continua
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