Embora parecida com a anterior, a carroceria da segunda geração era toda nova; os faróis ovalados não agradaram e logo foram remodelados

A perua acompanhava a mudança, assim como a versão Outback Sport

Se o WRX chegava os EUA, os japoneses continuavam com o Impreza mais potente: o STi (fotos), que chegava a 309 cv e tinha outros faróis

 

Essa primeira geração mostrou entre os atributos, segundo a Consumer Guide,  aceleração com motores de 2,2 e 2,5 litros, espaço interno e facilidade de uso dos comandos. "Com exceção da oferta de tração integral, o Impreza não consegue se destacar dos concorrentes. Os modelos mais recentes podem ser mais tentadores, em especial a perua Outback Sport ou o cupê 2.5 RS", concluía. Essa falta de tempero, contudo, tinha data para acabar.

Olhos de inseto   Depois de um longo ciclo de produção, o primeiro Impreza dava lugar a uma nova geração em maio de 2000. Havia tanta semelhança de formas que muitos pensariam ter ocorrido uma reforma parcial de frente e traseira, quando na verdade toda a carroceria fora redesenhada, com vistas sobretudo ao aumento da segurança em colisões. Embora com o mesmo entre-eixos, o carro estava um pouco maior: 4,40 m de comprimento, 1,73 m de largura, 1,44 m de altura.

Faróis ovalados — lançados em 1995 pelo Mercedes-Benz Classe E — eram tendência na época e a Subaru não resistiu em adotá-los, assim como amplas lanternas traseiras e para-lamas alargados nas versões esportivas. O resultado, que ganhou o apelido de "olhos de inseto", não fez muitos adeptos e logo exigiria uma remodelação. O cupê deixava de ser fabricado.

A gama de motores, revista, contava com unidades de 1,5 litro (102 cv e 14,6 m.kgf), 2,0 litros (125 cv e 18,8 m.kgf) e 2,5 litros (167 cv e 22,4 m.kgf) para as versões de aspiração natural. O WRX usava o turbo de 2,0 litros, agora com variação do tempo de abertura das válvulas e 230 cv, e enfim estava disponível aos norte-americanos. Lançado no mesmo ano no Japão, mas só para 2004 nos EUA, o novo STi tinha a mesma unidade com 309 cv e turbo de duplo fluxo (na América foi usado o 2,5-litros com turbo monofluxo e 304 cv).

O câmbio desse Impreza mais potente passava a ter seis marchas. Aerofólio traseiro duplo e maior tomada de ar no capô o distinguiam, ao lado de faróis de xenônio com pequenos refletores que substituíam os "olhos de inseto". Pela primeira vez o carro associava freios antitravamento (ABS) e bloqueio do diferencial central. No Japão permanecia a versão Type RA, simplificada, e em 2002 aparecia o Spec C, com carroceria e vidros mais leves, aumento do entre-eixos em 15 mm, suspensão e direção revistas. À época deixava de existir a perua STi.

 Nos EUA, a Motor Trend  elogiou o WRX: "Vai fazer o cara no Mustang perto de você correr para uma revisão depois que você o superar de 0 a 60 mph [0 a 96 km/h] em apenas 5,6 segundos. Acelere e desfrute o empurrão até a faixa vermelha a 7.000 rpm. A suspensão contribui para um comportamento livre de vícios". Definido como uma interpretação moderna dos "carros musculosos" norte-americanos dos anos 60, o WRX agradou pela polivalência: "Esse carro faz tudo, e faz bem: é rápido e ágil, consome pouco, leva cinco pessoas, e não penaliza seu bolso por querer tudo isso, e ter, em um só carro".

Já o STi foi avaliado por um ano pela Motor Trend,  que elogiou a potência e o torque, a tração integral "inteligente e ajustável" e o câmbio com bons engates. Os pontos negativos foram o rápido desgaste dos pneus, o interior sem tantos atrativos e o consumo algo elevado. Um dos testadores resumiu: "Nunca me cansei desse carro e ele nunca falhou em revigorar minha paixão por dirigir. De um modo parecido com o que um Porsche mostra ter sido projetado e construído por motoristas para motoristas, o STi estimula os lóbulos do prazer em meu cérebro".

Para ler
Subaru Impreza Turbo: Haynes Enthusiast Guide Series - por Chris Rees, editora Haynes Publishing. O mais recente dos livros (2011) vem com 208 páginas sobre a trajetória desse médio japonês.

Subaru Impreza -
por Graham Robson, editora Veloce. Menor, com 128 páginas, a obra de 2007 concentra-se nas versões turbo do modelo e em sua carreira nos ralis.

Autocar on the Subaru Impreza Turbo - por Autocar, editora Haynes Publishing. A revista de carros mais antiga do mundo, fundada em 1895, reuniu nesse volume de 2008 testes, notícias e dados técnicos publicados em suas edições sobre as versões turbo do modelo. São 160 páginas.
Subaru Impreza: The Road Car & WRC Story - por Brian Long, editora Veloce Publishing. Lançado em 2006, traz 208 páginas com a história do modelo nas ruas e no Mundial de Rali, além de mais de 400 fotos.

Subaru Impreza Turbo - Limited Edition Extra - 1994-2000 - por R. M. Clarke, editora Brooklands Books. Testes, comparativos e matérias estão nesse livro de 144 páginas, lançado em 2005. Abrange versões como WRX, 22B STi, RB5, 2000 Turbo, P1 e S201.

Subaru Impreza WRX Performance Portfolio - 2001-2005 - por R. M. Clarke, Brooklands. De 2006, segue o padrão da anterior, mas é referente à segunda geração. Além do WRX, as 128 páginas trazem STi, 300UK, Spec C e S202.

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