Motores de até 162 cv, suspensão traseira independente, câmbio automático eletrônico: evoluções da segunda geração

Disponível em versões L-Type, mais requintada, e P-Type, mais esportiva, o Celica Supra ganhava prestígio e ampliava suas opções

Novidade era a suspensão independente desenvolvida pela inglesa Lotus. À frente continuava o conceito McPherson, mas a traseira exibia braços semi-arrastados com molas helicoidais. De série o Celica Supra entregava comandos elétricos para vidros, travas e retrovisores, além de volante com regulagem de altura. Alguns carros saíram de fábrica com teto solar, pintura em dois tons e rádio/toca-fitas estéreo com amplificador de sete canais.
 
Em 1983 o motor recebia um incremento de potência nos EUA: passava para 152 cv com o torque de 22 m.kgf. Já o câmbio automático recebia controle eletrônico e dava ao condutor a escolha entre dois modos de operação: normal e Power (potência), um programa esportivo que retardava as mudanças ascendentes de marcha.
 
No ano seguinte, novo ganho de potência aos modelos de câmbio manual graças ao aumento da taxa de compressão: agora eram 162 cv e 22,5 m.kgf. Já algumas partes do exterior, como lanternas, e do interior, como volante e alguns comandos, recebiam modificações. Os modelos 1985 e 1986 também ganharam melhorias. Soluções bem-vindas eram o sensor de detonação e, para o conforto, desembaçador dos retrovisores, ativado junto ao do vidro traseiro. Essa geração foi vendida também em vários países da Europa, na Austrália e na Nova Zelândia.

A independência do Supra   A terceira geração do esportivo, lançada ainda em 1986, deixava de ser uma versão do Celica. Agora apenas Supra, o novo carro nada tinha em comum com o irmão da marca. Com linhas modernas, a carroceria era longa e baixa. Os faróis continuavam escamoteáveis e um friso negro contornava todo o modelo, tornando o conjunto elegante e sofisticado. Lembrava um pouco nosso Miura Saga da mesma época. O vidro traseiro era grande e avançava pelas laterais. O carro possuía entreeixos de 2,59 m, comprimento de 4,62 m e 1.555 kg de peso.

O Supra entrava de vez na era do turbo. O novo seis-em-linha de 3,0 litros, com duplo comando e quatro válvulas por cilindro, entregava 235 cv e 33 m.kgf com a pressão discreta de 0,35 bar. Sua versão de aspiração natural desenvolvia 202 cv e 27 m.kgf. Ambos os modelos podiam receber câmbio manual ou automático. No Japão o carro tinha duas opções biturbo: o de 2,0 litros desenvolvia 212 cv e o de 2,5 litros, conhecido como 2.5 GT Twin Turbo, entregava 280 cv. Uma versão especial deste último, a 2.5 Twin Turbo R, era uma vitrine de grandes marcas: recebia bancos Recaro, diferencial Torsen, amortecedores Blisten, rodas Momo e outras iguarias exclusivas. Continua

Os especiais
Veilside Veilside
AB-Flug AB-Flug
Preparadoras do Japão e dos Estados Unidos fizeram suas versões do Supra, em especial da quarta geração. São marcas como Veilside, AB-Flug, HKS, Blitz, GReddy, Apex, SP Engineering, Powerhouse Racing e Top Secret, que elaboraram tanto acessórios de aparência quanto modificações mecânicas, algumas delas de impressionar.

A Veilside reestilizou o carro com novas seções dianteira e traseira, conjuntos de quatro pequenos faróis e pára-lamas modificados. No motor de 3,0 litros, uma pesada preparação resultava em potência declarada de 1.040 cv a 7.950 rpm e torque de 107 m.kgf a 6.900 rpm, transmitidos aos pneus traseiros 295/35-18.
A AB-Flug criou o Supra S900, também ousado nas mudanças estéticas, embora mantendo os faróis originais e com discreto defletor na traseira. Peças como o interior dos novos pára-lamas e o difusor de ar no pára-choque posterior eram de fibra de carbono.

O motor de seis cilindros era refeito com preparação HKS, que incluía novos turbos e escapamento feito em titânio. A empresa anunciava estonteantes 900 cv, que resultariam em 0-100 em três segundos e velocidade máxima de 330 km/h.

Fabrício Samahá

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