

Imponente, esse Vector previa um
motor V8 de 10 litros e 1.800 cv para alcançar 435 km/h, o que faria o
Bugatti Veyron parecer algo modesto

As várias versões do Vector
conseguiram chamar atenção pelo mundo, mas o objetivo traçado ainda nos
anos 70 ainda está por ser realizado |
O painel
permaneceu analógico, mas mais simples ainda. Além disso o desenho já
não era mais tão atraente quanto nos demais carros da marca — a traseira
voltou a ter um grande aerofólio separado, mas com ar de adaptação. A
própria traseira agora já era mais longa e desproporcional, além de ter
linhas mais retas e menos suaves — tanto ela como o aerofólio eram
derivados da versão de corrida do M12. As belas entradas de ar das
últimas versões foram substituídas por outras menos elaboradas. Contudo,
poucos dias após a primeira aparição pública do carro, a empresa fechou
suas portas. Apenas um exemplar foi construído.
Mais uma
tentativa
Quando quase todo mundo
já achava que o Vector era história encerrada, no Concurso de Elegância
de Pebble Beach de 2006 Wiegert, depois de ter conseguido de volta a
marca, a reviveu mostrando um novo supercarro. Chamado Vector Avtech
WX-8, o protótipo foi apresentado no Salão de Los Angeles do ano
seguinte. A produção — se é que desta vez daria certo — era planejada
para voltar a ser em Wilmington, Califórnia. O motor, transversal,
deveria ser um V8 de 10 litros, todo em alumínio, com dois resfriadores de ar montados na lateral dos radiadores. Os freios teriam
diâmetro de 380 mm, e as rodas de alumínio, 18 pol na frente e 19 atrás,
calçando pneus 255/45 ZR 18 e 315/40 ZR 19, na ordem.
A carroceria do protótipo era totalmente nova, construída de fibra de
carbono, com faróis fixos e (assim como o WX-3) com as colunas
dianteiras cobertas por vidros e portas de abertura vertical. As medidas
do carro eram comprimento de 4,37 m, largura de 2,03 m e altura de 1,10
m. Haveria opção de banco para três pessoas lado a lado, com
porta-bagagens integrados e apoios de braços dobráveis. Todos os
instrumentos do painel viriam usinados em alumínio, com características
peculiares como acabamento anodizado preto e interruptores de
especificação militar, os mesmos do caça F-22 Raptor.
O painel teria mostradores eletroluminescentes configuráveis em quatro
modos de exibição, incorporando a projeção no para-brisa. Monitores de
todas as pressões e temperaturas vitais, com os formatos de exibição
analógica e digital, estavam previstos. O chassi do carro apresentado
era de alumínio no estilo colmeia, com estrutura semi-monocoque e uma
completa gaiola de cromo-molibdênio. O sistema de áudio traria uma
revolucionária tecnologia com amplificadores com menos de metade do
tamanho e peso de unidades atuais de potência equivalente.
O carro manteria o padrão dos primeiros Vectors, quando não havia
contenção de custo. O câmbio seria sequencial e as suspensões,
independentes nas quatro rodas, trariam ajuste de altura comandado a
bordo. A potência para a versão turbo — como de hábito, previa-se também
uma opção aspirada — era estimada em soberbos 1.800 cv,
o que levaria a uma velocidade máxima indicada ao redor de 435 km/h, com
aceleração de 0 a 100 km/h projetada na faixa de 3,3 segundos.
Wiegert diz que seu carro inaugurará uma nova era — a dos hipercarros.
Se dessa vez o sonho se tornará realidade, só o futuro poderá dizer. |