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A mudança de designação para 940 e 960 veio antes, mas só em 1995 a Volvo aplicava mudanças extensas de estilo, que os adequavam aos novos tempos

 

Ainda sob a designação 960, havia como alternativa o 2,3 turbo de oito válvulas, 165 cv e 26,8 m.kgf, mas os italianos o adquiriam com o 2,0 16V turbo da série anterior. Embora fossem lançadas as versões 940, de menor potência, elas não adotavam o desenho frontal, o painel e a suspensão traseira modernizados do 960. O motor 2,3 aspirado podia vir com oito válvulas (130 cv) ou 16 (155 cv) e também estava disponível no acabamento SE, que trazia revestimento em couro, ajuste elétrico dos bancos e teto solar. O motor 2,4 turbodiesel era outra oferta. Para aumentar a confusão, as versões 740 sobreviviam à mudança de série.

Nos anos seguinte vinham evoluções no 960, como bancos mais confortáveis e pretensionadores de cintos (1992), bolsas infláveis frontais e teto solar de vidro em vez do de aço (1994). Neste ano também surgia um 940 simplificado, com apenas 114 cv no motor de 2,3 litros. Foi oferecida ainda uma versão Executive do 960, com 17 cm a mais no comprimento e itens adicionais de conforto.

Uma esperada reestilização na parte dianteira era apresentada para 1995, com faróis de perfil baixo e linhas um pouco mais arredondadas. Além da estética, havia mudanças técnicas: a suspensão dianteira tornava-se semelhante à do 850 e a traseira substituía as molas helicoidais por uma só mola semi-elíptica transversal, feita de plástico reforçado com fibra-de-vidro. E o sistema multibraço chegava à perua, que até então mantinha o antiquado eixo rígido.

Sob o capô, o seis-cilindros ganhava uma opção de 2.473 cm³, 170 e 23,5 m.kgf. À mesma época a produção da linha era transferida de Kalmar para Gotemburgo e, no ano seguinte, o 960 recebia bolsas infláveis laterais. Em 1997, com os modelos médios S40 e V40 já no mercado, a Volvo decidia padronizar as denominações: o sedã 960 passava a se chamar S90, e a perua, V90.

Mas a nova fase durou pouco: com a estréia do S80, em 1998, os tradicionais modelos de tração traseira chegavam ao fim. Desde então a marca sueca adotou motor transversal e tração dianteira (integral em alguns casos) como padrões em toda a linha e implantou novos conceitos de estilo. A clássica série 700/900 ficou para trás, mas o grande número de veículos que ainda rodam comprova que sua solidez tem longa vida pela frente.

Ficha técnica
_ 760 GLE (1983) 760 Turbo (1983) 780 Turbod. (1986) 960 (1995)
MOTOR
Posição e cilindros longit., 6 em linha longitudinal, 4 em linha longitudinal, 6 em V
Comando e válvulas por cilindro no cabeçote, 2 duplo no cabeçote, 4
Diâmetro e curso 91 x 73 mm 96 x 80 mm 76,5 x 86,4 mm 83 x 90 mm
Cilindrada 2.849 cm3 2.316 cm3 2.383 cm3 2.922 cm3
Taxa de compressão 9,5:1 9:1 23:1 10,7:1
Potência máxima 158 cv a 5.700 rpm 173 cv a 5.800 rpm 127 cv a 4.650 rpm 204 cv a 6.000 rpm
Torque máximo 23,9 m.kgf a
3.000 rpm
25,5 m.kgf a
3.400 rpm
25,5 m.kgf a
2.400 rpm
27,2 m.kgf a
4.300 rpm
Alimentação injeção multiponto bomba injetora injeção multiponto
Superalimentação não turbocompressor, resfriador de ar não
CÂMBIO
Marchas e tração 5, traseira automático, 4, tras.
FREIOS
Dianteiros e traseiros a disco ventilado / a disco
Antitravamento (ABS) não sim
SUSPENSÃO
Dianteira independente
Traseira eixo rígido indep., multibraço
RODAS
Pneus 195/60 R 15 195/65 R 15
DIMENSÕES
Comprimento 4,78 m 4,79 m 4,86 m
Entreeixos 2,77 m
Peso 1.325 kg 1.280 kg 1.470 kg 1.560 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 190 km/h 205 km/h 187 km/h 205 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 10,0 s 8,5 s 10,5 s 9,3 s

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