

Versão E-Flex, com partida a
frio sem gasolina, e Blue Motion nacional, com consumo reduzido: o Polo
agora é estandarte de tecnologia da VW

O motor de 2,0 litros tornou-se
flexível e voltou a equipar o hatch com o Polo GT, que revela mais
esportividade na aparência que sob o capô |
De cara nova
Na linha 2007 a marca
mostrava a reestilização do Polo, que voltava a estar em consonância ao
alemão em desenho. Além da frente e das lanternas traseiras renovadas,
ganhava pneus 195/55 R 15 de série, novo sistema de áudio e
sensores de estacionamento na traseira.
Finalmente suas vendas reagiram. Para agregar imagem ao modelo, chegava
em 2007 o Polo GTI importado da Alemanha em pequeno volume. O motor 1,8
turbo entregava 150 cv e 22,5 m.kgf e o carro, apenas na carroceria de
três portas, evidenciava isso nos adereços estéticos como a seção
central negra do para-choque.
O motor 2,0, que vinha equipando apenas o sedã, tornava-se flexível na
linha 2009 e voltava a estar disponível para o hatch em uma versão
especial: o Polo GT. Com as tradicionais oito válvulas, entregava 116 cv
com gasolina e 120 cv com álcool. O torque era o mesmo nos dois casos,
17,3 m.kgf. Esses números levavam o compacto a 198 km/h com álcool e a
acelerar de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos. Visualmente o carro recebeu
rodas polidas, grade frontal do tipo colméia com moldura vermelha e
faróis com máscara negra. Ar-condicionado automático, volante revestido
em couro, computador de bordo e configurador
de funções eram itens de série.
O motor 1,6 passava por mudanças para maior torque em baixa rotação e o
câmbio era alongado pela terceira vez no modelo 2009, ano em que outra
versão — apresentada meses antes no Salão de São Paulo — chegou às ruas.
O Polo Blue Motion nacional mantinha o conceito de economia de
combustível e redução de emissões do europeu. Mas, como não poderia usar
o motor a diesel, proibido aqui para automóveis, recorria a soluções
como pneus mais estreitos, câmbio ainda mais longo (o quarto
alongamento desde 2002), menor altura de rodagem e anexos aerodinâmicos.
Com o mesmo motor 1,6 dos demais, era, segundo a marca, até 15% mais
econômico.
Uma das últimas mudanças foi o sistema de partida a frio que dispensa o
tanque suplementar de gasolina, presente apenas no hatch em uma versão
especial na cor preta, a E-Flex. O equipamento aquece o combustível
mesmo em temperatura ambiente abaixo de zero, promovendo partidas
rápidas. Por fim, a linha 2010 trouxe teto solar com controle elétrico
entre as opções do hatch.
Para um carro que nasceu com a proposta de ser barato, o Polo aos poucos
cresceu e ofereceu algo mais ao consumidor europeu. Se na Europa a nova
geração acaba de ser apresentada, no Brasil ficamos com a expectativa de
quando será produzido o novo carro — se for. Atualização à parte, o Polo
é mais um sucesso longevo da Volkswagen, assim como Gol e Golf, e um
nome forte que deve continuar na ativa ainda por muito tempo.
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