Começa mais um ano

Já estamos em 2004, que promete ser melhor que
2003, inclusive para os apaixonados por automóvel

por Fabrício Samahá

Fabrício Samahá, editorO BCWS está de volta após a pequena parada de fim de ano. Equipe descansada, refeita, pronta para outra — ou para outro ano, melhor dizendo. Como sempre, todos experimentamos o que alguém já definiu pela iniciais TIA, de Terror de Início de Ano — de aumentos de preços e de despesas.

O estados vêm secos em cima dos proprietários de automóveis, com a cobrança do IPVA, Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, sucessor da TRU (Taxa Rodoviária Única), abolida por não ser possível o mesmo imposto para dois assuntos — foi quando começou o pedágio.

Em dezembro começam a chegar os avisos de cobrança do IPVA, para que ninguém esqueça... E tome “correção” do Imposto Territorial e Urbano (IPTU), aumento de pedágios, as encadeadas mensalidades escolares, o seguro obrigatório para danos pessoais causados por veículos automotores (o famigerado DPVAT), previsão de inflação, o exemplo típico de desgraça anunciada — gostaria de saber como é possível prevê-la. Parece mais “chutômetro”... Só não se falou ainda em aumento de preço dos combustíveis, o que é milagre em tempo de TIA.

Fora isso, esperemos que tudo melhore, que a atividade econômica cresça, que voltem as contratações de empregados e o que o país amplie a base de consumidores, este o grande truque. Como se sabe mas poucos se dão conta, demitir veste um santo e despe outro: resolve o problema da empresa mas realimenta a queda de vendas.

Para o automóvel e sua indústria, torçamos para que seja um ano melhor que 2003 e pior que 2005, dentro do mais puro espírito otimista. Estamos em ano par e portanto teremos o Salão do Automóvel de São Paulo, a festa de gala da indústria automobilística conhecida por mexer no coração dos consumidores, o que sempre acaba resultando em mais vendas.

Que os fabricantes se lembrem do espírito de Henry Ford, que em meio a uma recessão das mais sérias, nos Estados Unidos do início da década de 1930, lançou um modelo com atraente motor, o V8, salvando sua empresa da insolvência. Qualidade sempre vendeu e sempre venderá. Como dizia o pioneiro da produção em grande volume, “A lista dos que desistiram é muito maior que a dos que fracassaram”.

Esperemos que o Brasil se torne auto-suficiente em petróleo para não depender, por pouco que seja, do produto vindo do Oriente Médio — cujos problemas estão longe de terminar —, e que os produtores de álcool saibam se comportar, refreando-se de impor aumentos infundados e se esforçando para que o produto não falte nas bombas.

Portanto, leitores e leitoras, vamos juntos para mais um ano, interagindo o mais possível, de maneira a entendermos e curtirmos cada vez essa máquina que tanto admiramos e da qual nossas vidas tanto dependem.

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Data de publicação: 3/1/04

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