Em vez da enorme roda dianteira de 19
pol da CB 750, uma de apenas 16 pol, com pneu sem câmara, garantia respostas ágeis ao comando do piloto. Os freios usavam dois discos à frente e um atrás, enquanto a embreagem tinha acionamento hidráulico, em vez de mecânico por cabo. Para evitar o efeito de freio-motor excessivo, que levaria ao travamento da roda traseira ao reduzir marchas, a embreagem não se acoplava totalmente se a rotação resultante fosse muito elevada. |
A série
especial Bol D'Or, de 1985, mostra a 750 F II estrangeira, com a
carenagem integral que a nacional só ganharia em 1990. As rodas -- a
dianteira de 16 pol -- e os escapamentos permaneciam pretos |
Embora cara -- mas não tanto quanto a VF --, a CBX ganhou o respeito do público e da crítica. Dois anos depois, o motor deixava de ser exposto com a adoção de carenagem integral, na chamada CBX 750 F II. O mesmo quatro-em-linha era
utilizado na nova Nighthawk S, uma custom com suspensão traseira de duas molas e freio posterior a
tambor. Uma evolução deste modelo ainda existe no mercado americano
(saiba mais). |
A CBX chega ao
Brasil e marca uma nova era no mercado. Há 10 anos -- desde o
fechamento das importações -- não se podia comprar uma moto de seu
porte e tão atualizada com o que se fazia lá fora |
Mas isso pouco importava: enfim os brasileiros poderiam usufruir de um pacote atualizado e eficiente, começando pelo ronco grave e poderoso do motor de quatro cilindros em linha, duplo comando e 16 válvulas. Era o primeiro com esta configuração no Brasil, entre carros e motos. |
Pagava-se muito
caro pelo privilégio de pilotar uma CBX: os 130 mil cruzados da
tabela logo passaram a 300 ou mesmo 400 mil, em vista da forte demanda
e da oferta de apenas 700 unidades naquele ano |
A CBX custava caro: 129,9
mil cruzados -- cerca de US$ 10 mil na época, contra US$ 6 mil do mercado
internacional --, mais que um bom carro como o Monza SL/E quatro-portas.
Não fosse o bastante, a marca restringiu sua oferta durante 1986 a 700 unidades, o que mal dava para abastecer cada concessionária com uma moto de exposição e uma para venda. Estava feita a receita para que o mercado, tão estimulado naquele ano de inflação zero por decreto, pagasse ágio pela moto. Os 130 mil passaram logo a 200, 300 ou mesmo 400 mil cruzados, fazendo da CBX um símbolo de
status ainda mais evidente.
Continua |
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