Best Cars Web Site
Motos do Passado

Algo mais que uma CG

ML, Turuna, Aero, Strada, Twister: quatro gerações de
Hondas urbanas com ganhos em conforto e desempenho

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Falar de moto urbana, simples e econômica faz pensar em Honda CG 125, já há 26 anos. Contudo, sempre houve motociclistas dispostos a pagar um pouco mais por um ganho em conforto, segurança, desempenho ou um pouco de tudo isso junto. E desde o final da década de 70 a Honda oferece opções para esse público.

A primeira foi a 125 ML, em 1978. Era basicamente a mesma CG, lançada dois anos antes, mas com freio a disco dianteiro (de acionamento ainda mecânico) e acabamento mais luxuoso. O motor permanecia o veterano OHV, de comando de válvulas no bloco, 11 cv de potência a 9.000 rpm e 0,94 m.kgf de torque a 7.500 rpm, assim como o quadro (do tipo diamante, com motor estrutural) e as suspensões. Um ano depois a linha crescia com a chegada de uma esportiva, ao menos na intenção: a Turuna.

Lançada em 1979, um ano depois da 125 ML, a "esportiva" Turuna foi a primeira Honda com motor OHC, de comando no cabeçote. Suas linhas mais retas e o pára-lama dianteiro pintado, em vez de cromado, buscavam um ar mais jovial

Além do desenho mais jovial, com linhas mais retas e o pára-lama dianteiro na cor da moto, vinha com o motor OHC, de comando no cabeçote (o primeiro em uma Honda nacional) acionado por corrente. O recurso permitia atingir regimes mais elevados, com a potência máxima de 14 cv aparecendo a 10.000 rpm e torque de 1 m.kgf a 9.000 rpm. O desempenho era um pouco superior, com velocidade máxima de 115 km/h e aceleração de 0 a 100 em 16 s, mas faltava força em baixa rotação.

Uma reestilização completa de ambas vinha na linha 1983. Ganhavam formas retilíneas que abrangiam farol, lanterna traseira, luzes de direção, o tanque da ML (com 12 litros de capacidade, um a mais que o da Turuna, este mantido do modelo anterior) e o painel de instrumentos. Na ML este trazia agora um marcador de combustível, considerado um requinte, já que nem mesmo a CB 400 o tivera em seus primeiros anos.

Em 1983 a 125 ML adotava formas retilíneas, incluindo farol retangular, e comando hidráulico do freio dianteiro a disco, este um destaque seu desde o lançamento (aqui o modelo 1987)

Sistema elétrico de 12 volts, acionamento hidráulico do freio a disco dianteiro e amortecedores traseiros com regulagem em cinco posições eram adotados em ambas. O motor da "esportiva" recebia ainda ignição eletrônica (CDI), aposentando o velho platinado. Já a 125 ML passava a ter o mesmo câmbio de cinco marchas da Turuna, com relações mais longas e a disposição habitual dos engates, com a primeira engatada acionando-se o pedal para baixo e as demais para cima -- na CG todas ficavam para baixo, exigindo adaptação do piloto. Continua

Motos - Página principal - e-mail

Data de publicação deste artigo: 17/8/02

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados