Sua velocidade final era de 170 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h exigia apenas 13,5 s. Detalhe interessante era o duplo amortecedor traseiro em cada roda. Com este artifício a traseira "fugia" menos nas curvas. Outro era um tanque suplementar, de 25 litros, na frente -- no total, 63 litros de combustível. Uma pequena chave, tipo torneira, permitia a mudança de um para outro. Roubava espaço da bagagem, mas dava mais equilíbrio ao pequeno sedã esportivo.
A maioria dos proprietários gostava disso e pouco se importava com a capacidade para as malas. |
O interior do R8 Gordini: sem
luxo, mas com os instrumentos necessários para a direção esportiva.
O marcador de combustível controlava os dois tanques, um deles
dianteiro, que ajudava a equilibrar o carrinho |
A caixa de quatro marchas era imprecisa, mas bem
escalonada, aproveitando muito bem a potência do carro azul. Por dentro não
havia luxo, mas o painel oferecia todos os instrumentos para auxiliar na condução esportiva: conta-giros, temperatura da água, nível dos tanques, voltímetro. O volante esportivo também estava lá. Para conter a pequena fera dispunham-se de servo-freio e quatro discos, um luxo para seu tempo. |
Em 1966 surgia o Gordini 1300 (esquerda), com 103 cv de potência. À direita o motor 1100 O carrinho era relativamente estável e tinha boa aceleração. Era divertido dirigi-lo, ainda mais em pequenas estradas sinuosas de montanhas -- mesmo equipado com rodas de 15 pol e pneus de 135
mm de largura, não muito adequados. A maioria dos carros franceses na época já
adotava tração dianteira, apreciada desde o Citroën Traction de 1934, mas o Renault agradava em cheio àqueles que queriam dominar as saídas de curva ora sobresterçantes, ora subesterçantes. Dependia da pressão do pé no acelerador e dos braços espertos no volante. |
A versão R8 S 1100 tinha os mesmos quatro faróis, mas com menor cilindrada. O R8 deixou os principais mercados para dar lugar ao R12, similar a nosso Corcel |
Este carro gerou incontáveis bibliografias a respeito. Vários pilotos franceses famosos, como Gerard Larrouse, Bernard Darniche e Jean Pierre Jabouille, que estrearam com ele, lembram de forma saudosa e carinhosa do R8. Larrouse guarda um na garagem até hoje. Foi uma paixão nacional e até hoje corre e faz sucesso em corridas reservadas para carros antigos e reides. |
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