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Depois de um ano fora do mercado, em 1993 chegava um novo Supra dentro desse objetivo. Os faróis não eram mais escamoteáveis -- como que antecipando a tendência de hoje -- mas havia boas novidades. Motor de dois turbos com potência de 320 cv, grande alívio de peso (até mesmo um spoiler traseiro oco foi utilizado) e câmbio Borg-Warner de seis marchas tornavam-no um esportivo muito desejável, capaz de acelerar de 0 a 96 km/h em menos de 5 s e atingir 250 km/h, limitados eletronicamente.

Dois turbos, câmbio de seis marchas, 250 km/h de máxima: em 1993 o Supra ingressava no segmento de supercarros

A marca nunca havia feito algo tão veloz. Um piloto americano o teria considerado "pura adrenalina com uma placa de licença", referindo-se ao padrão de desempenho e prazer de dirigir similar ao de carros de competição. Só que o preço acompanhava: mais de US$ 50 mil nos EUA pelo biturbo. Permanecia uma versão de aspiração natural para os menos exigentes, mas nem mesmo esta era acessível.

Em 1996, mais novidades: o câmbio de seis marchas era abolido, pois dificultava atender às rígidas normas de controle de emissões, mas voltaria um ano depois. O automático de quatro velocidades possuía agora um modo de operação manual. Nesse ano a média de vendas do Supra nos EUA era de apenas 40 unidades mensais, reflexo tanto do preço elevado -- em sua categoria o Corvette ainda era preferido -- quanto da migração de compradores para picapes, utilitários-esporte e outros veículos menos penalizados pelas companhias de seguro.

O preço superior a US$ 50 mil o colocava em paridade com o Corvette: uma medida que
a Toyota tentaria reverter depois, sem conseguir reerguê-lo no mercado americano

Os modelos 1997 foram vendidos como a série especial Limited Edition 15th Anniversary, alusiva a seus 15 anos desde a segunda geração (estranhamente a primeira era "esquecida"), com o vistoso aerofólio do Turbo aplicado à versão aspirada. O chassi estava mais rígido, o interior mais silencioso e havia retoques estéticos, como máscaras escuras nos faróis e lanternas, além de uma redução de preço que chegava a US$ 12 mil no Turbo.

O controle de poluentes levava à eliminação desta versão e do câmbio manual, no estado americano da Califórnia, em 1998. O motor aspirado recebia comando de válvulas variável, passando de 220 a 225 cv, e o diferencial autobloqueante tornava-se de série em toda a linha.

Trocados por utilitários e alvos das companhias de seguro, os supercarros japoneses escassearam nos EUA, mas Toyota, Nissan e Mazda preparam um retorno em diversos segmentos

No ano seguinte, com o declínio das vendas de esportivos nos EUA, ele se retirava desse mercado, tornando-se restrito aos japoneses. Agora, em 2002, a Toyota cessará em definitivo sua produção, abrindo caminho para um novo supercarro com motor V8 ou V12 e cerca de 400 cv (leia segredo). Outros fabricantes nipônicos também preparam novos esportivos, como o Nissan 350Z e o Mazda RX8, mas em segmentos inferiores. A brutalidade dos biturbos talvez nunca mais retorne.

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