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Em Nardo, no Sul da Itália, há uma pista com 13 quilômetros de diâmetro que é usada para testes de resistência e quebra de recordes. Num teste em que percorreu 50.000 quilômetros, o 190 Cosworth fez média horária de 247,9 km/h durante 202 horas.

O painel bem-equipado e o grande volante de quatro raios eram típicos Mercedes-Benz. O modelo 1988 da foto trazia maior espaço para as pernas no banco traseiro, antiga reivindicação dos donos

Em 1986 toda a linha ficava mais rica com novos motores: o quatro-cilindros de 2.298 cm3 e 132 cv, e o seis-cilindros de 2.599 cm3 e 166 cv. Este tinha injeção Bosch K-Jetronic, máxima de 215 km/h e 0-100 km/h em 9,7 s. Era a opção refinada da linha: não adotava suspensão áspera, como seu irmão bravo, nem decoração esportiva. O silêncio e o equilíbrio dos seis cilindros em linha atraíam os clientes que não queriam a esportividade do Cosworth.

Motores a diesel interessantes também estavam disponíveis. O mais potente deles era um turbo de quatro cilindros, 2.497 cm3 e 122 cv, que o levava a 192 km/h de velocidade máxima e de 0 a 100 km/h em 11,5 s. Os modelos a gasolina eram silenciosos e estes motores a óleo não decepcionavam.

Evolution II: com cilindrada de 2,5 litros e grandes spoilers, a versão esportiva do 190 chegava a 204 cv e 235 km/h de máxima

No mesmo ano, no teste de uma revista européia, o 2.3-16 do campeonato de produção europeu atingia 310 cv a 8.400 rpm. Este bólido varria o asfalto em Spa-Francorchamps, Nogaro e Jarama com seus pneus Michelin de 16 pol, caixa Getrag, capô e tampa do porta-malas de fibra de carbono e peso de 1.000 kg. Atingia 285 km/h com uma aceleração de cortar o fôlego. 

No Salão de Paris, em outubro de 1988, a coqueluche da linha 190 -- o Cosworth -- ganhava potência. Denominado Evolution II, tinha a cilindrada aumentada para 2.498 cm3 e passava a 204 cv. Chegava agora a 235 km/h e atingia os 100 em 7,7 s. Toda a linha recebia reforço nas laterais contra pequenos choques, novos spoilers dianteiros e traseiros e uma reforma sutil tornando a carroceria mais moderna. Os bancos dianteiros ficavam mais finos e os ocupantes de trás ganhavam espaço para as pernas, uma antiga exigência. 

Três gerações de médio porte: o 190 (à direita) abriu caminho para o Classe C de 1993 (ao centro), substituído em 2000 pelo modelo atual

A AMG, empresa alemã fundada em 1967 e especializada em "anabolizar" Mercedes, não deixou o 190 de lado. Apresentado em 1988 como AMG 190 E 3.2, o motor de seis cilindros em linha passava a ter 3.205 cm3 e 245 cv. Sua velocidade final era de 237 km/h, a chegada ao 100 km/h se dava em apenas 6,8 s e os primeiros 1.000 metros em 27,5 s. A caixa automática de quatro velocidades permitia ao motorista-piloto escolher entre programas esportivo e econômico. Por fora, a agressividade estava presente na carroceria rebaixada e nas rodas de fundo preto, com aro 16 pol e pneus 225/45.

Depois de seis anos de produção, um milhão de modelos 190 haviam deixado as fábricas de Bremen e Stuttgart/Sindelfingen. Um recorde comemorado. Sua produção era encerrada em 1993, cedendo o lugar para a primeira Classe C.

O 2.5-16 foi bem-sucedido nas pistas. Aqui, Klaus Ludwig pilota um no DTM, o Campeonato Alemão de Carros de Turismo

"Cópia" brasileira
Na década de 80, um empresa paulista lançou o "Monza Benz". Era feita a troca do capô e da tampa do porta-malas por peças que imitavam o 190. A distância era possível confundir-se o carro, mas de perto a verdadeira identidade do modelo da GM era facilmente revelada.

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