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O mais famoso "Yellow Cab" de todos os tempos media 5,43 metros de comprimento e pesava 1.650 kg. Seu estilo seguia a tendência da década de 50, com linhas bastante tradicionais. Em toda a carroceria se viam muitos cromados: pára-choques, calotas, a imponente grade dianteira com frisos horizontais, emblemas, as molduras dos faróis duplos redondos, calhas das portas, contornos do quebra-vento. Detalhe interessante era que frente e pára-lamas faziam uma só peça, importante numa linha de produção sem muito avanço tecnológico.

A versão Custom Limousine foi uma tentativa de vendê-lo a motoristas particulares. Como se poderia esperar, não fez sucesso e muito poucos foram produzidos

Em 1959 era produzida a primeira versão "à paisana", a Custom Limousine. As únicas diferenças eram as cores não-amarelas e, às vezes, a capota numa cor diversa da carroceria. Mas pouquíssimas unidades foram produzidas.

Na década de 60 aparecia uma aberração da Checker que faria sucesso nos aeroportos, hotéis e na polícia: o Aerobus, uma versão alongadíssima do Marathon. Podia transportar doze passageiros, não contando o banco da frente; pesava quase 2,5 toneladas e chegava a medir 7,2 metros na configuração mais longa. Apesar do V8 de 5.210 cm3 e 218 cv brutos, não passava dos 135 km/h. O cliente podia optar por seis ou oito portas! A Station era ainda mais extravagante: a perua podia vir equipada com um bagageiro na capota que mais parecia um supervaral. Teve sua produção interrompida em 1974, mas foi relançada em abril de 1976.

"Não é um carro esticado, é uma limusine construída para esta finalidade":
o anúncio da Checker para a imensa perua Aerobus de seis portas e nove lugares

Em 1974 o Checker já contava com os nada discretos pára-choques de alumínio, resistentes a impactos de até 8 km/h, impostos por uma nova legislação americana que atingia todos os modelos nacionais e importados. Se no Checker ficaram desajeitados, nos outros então... O original, com batentes também cromados, era mais esbelto e curvo, mais adequado ao estilo. Os limpadores de pára-brisa, que originalmente tinham sentido opostos de varredura, passavam a ser convencionais.

A produção anual nunca chegou a ser volumosa. Nesse ano foram cerca de 5.200 unidades e no ano seguinte 3.000. Em 1982 terminava a fabricação do sedã imponente, rústico mas muito robusto. Quase nada mudou na carroceria de estilo marcante. Nem seus belos retrovisores cromados receberam alteração de estilo. Era um autêntico modelo dos anos 50.

Se não fosse o bastante, havia a opção pela Aerobus de oito portas, que media 7,2 metros de comprimento!

Foi um caso raro não haver mudanças de estilo em uma marca americana. Ele foi deixando aos poucos ruas da "Big Apple". O último que circulava deu adeus em 1998. A austera vistoria da prefeitura da megalópole exigia mais segurança e reformas de alto custo, que não compensavam. Modelos mais modernos, como o Chevrolet Caprice e o Ford Crown Victoria, já o vinham substituindo. Mas estão a milhas de ter o mesmo charme e elegância. Os mais antigos motoristas lembram-se dele com muita saudade.

Nas telas
No seriado humorístico de nome Táxi, dos anos 70, que até dois anos atrás passava em um canal de TV a cabo, estrelado por Danny Devito, que era o chefe dos motoristas, podemos ver vários exemplares do modelo. Mas nas telas dos cinemas ele ficou ainda mais famoso, eternizado no longa metragem Taxi Driver, estrelado por Robert De Niro e Jodie Foster sob a direção de Martin Scorsese. O filme fez muito sucesso na estréia, em 1976, e depois também. Há poucas semanas um Checker apareceu sob vários ângulos numa propaganda de telefone celular.

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