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Em 1965 a Rover encomendava ao fabricante de carrocerias FLM PanelCraft um conversível, que infelizmente não foi produzido, mas a empresa chegou a produzir 160 peruas. Em abril de 1968 chegava a versão 3500. Sob o largo capô funcionava um motor V8 de 3.523 cm3, com bloco e cabeçote de liga leve e potência de 143 cv a 5.000 rpm. Era alimentado por dois carburadores SU e tinha taxa de compressão de 10,5:1, elevada para a época. Esse motor seria usado por boa parte dos pequenos fabricantes ingleses de veículos especiais.

O motor V8 de 143 cv, depois elevados a 152, serviu de base mecânica para muitos fabricantes de veículos especiais da Inglaterra. Era potente, robusto e durável

A caixa automática Borg-Warner de três velocidades era de série, sem opção de câmbio manual, mas seu desempenho era digno: velocidade máxima de 190 km/h, aceleração de 0 a 100 km/h em 10,5 s. O motor demonstrou também ser muito robusto. Com manutenção adequada, passava facilmente dos 200.000 km. As diferenças externas eram uma grade na cor da carroceria para a entrada de ar, abaixo do pára-choque, teto de vinil e um discreto spoiler dianteiro.

Seus principais concorrentes fora da famosa ilha eram o Citroën DS, o BMW 3.0 S, o Fiat 130-3200 e o Mercedes 280 E. Em casa, o Jaguar XJ6 e o Triumph 2500 PI. O comportamento do automóvel era muito bom, apesar da inclinação importante da carroceria, e mesmo assim trazia conforto a seus ocupantes. Os pneus tinham medida 185 HR 14.

A versão 2200 TC, de 2,2 litros, com sua grade em forma de colméia (à esquerda),
e uma das peruas produzidas pelo fabricante de carrocerias FLM PanelCraft

Em 1969 era apresentada uma versão interessantíssima, com o teto quase todo de vidro fabricado pela Triplex e o estepe colocado sobre a tampa do porta-malas. Sofisticado e distinto, infelizmente não teve produção destacada. Em 1971 o V8 ganhava a opção de caixa manual de quatro marchas, que agradava muito mais ao mercado europeu. Também ganhava mais cavalos, agora 152, e velocidade máxima -- 195 km/h.

Por fora o capô trazia duas entradas de ar e a grade, em material plástico, tinha formato de colméia. No painel vinham cinco mostradores redondos, mais modernos e adequados. Direção assistida e ar-condicionado eram disponíveis. Em 1974 a versão 2200 TC substituía a 2000, com motor de quatro cilindros, 2.204 cm3, dois carburadores SU e 115 cv, que permitia máxima de 175 km/h.

Os admiradores da marca britânica o consideram o último verdadeiro Rover, por ter sido projetado antes da compra da empresa pela British Leyland

Dois anos depois o peso da idade já era elevado e a produção terminava. Mas sempre será lembrado como o último verdadeiro Rover. Foi também batizado de "Rolls dos pobres" na Inglaterra, em alusão à aristocrática marca conterrânea. Era a chamada do anúncio publicitário da própria British Leyland nos anos 70, quando assumiu o controle da Rover.

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