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A versão Futura era uma execução luxuosa do Falcon. O conversível apareceu em 1963 e fez sucesso pelo estilo equilibrado

A Chrysler fazia concorrência com o Plymouth Valiant, a American Motors com o Rambler e a General Motors não demorou a dar a resposta, lançando em 1960 o Chevrolet Corvair. Só que este tinha outra configuração mecânica. Em 1961 era lançada a versão Futura, que se tratava de um Falcon mais luxuoso. No ano seguinte, incluídas todas as versões, já havia sido produzido um milhão de exemplares, vendido com a ajuda da bem-humorada publicidade, que utilizava o personagem Charlie Brown, seus amigos e, claro, seu cãozinho Snoopy.

Em 1963 um atraente conversível de duas portas era bem recebido pelo público. No ano seguinte ocorria a primeira mudança nas linhas: ficavam mais retas, seguindo a tendência, e mais bonitas. Para a perua não faltavam as opções do bagageiro no teto e da lateral da carroceria com imitação de madeira, inspirada nos tempos em que esse material era usado na construção de parte da carroceria desses veículos. Nesse ano a Ford se basearia em sua plataforma para gerar o primeiro Mustang.

O modelo duas-portas de 1965: linhas mais retas e atraentes e um motor mais potente, o V8 302 de 225 cv brutos

O Falcon ganhava também novos motores: um seis-cilindros chamado Big Six, com 150 cv, e um V8 de 4.783 cm3 (292 pol3) com 200 cv. Sua velocidade máxima passava a 185 km/h e dispunha, opcionalmente, de uma nova caixa manual de quatro marchas com alavanca no assoalho -- e assim, pela primeira vez, dois bancos individuais na frente, só para o cupê. 

Na Europa participou, nas mãos de Jo Schlesser, do Rali de Monte Carlo, mas chegou num modesto 11°. lugar. Não era um carro adequado a este tipo de prova. Passaram-se dois anos e o Falcon recebia nova cirurgia plástica, esta muito bem-sucedida. Suas linhas ficavam mais limpas, bonitas e ao gosto dos "pequenos" carros da época. O duas-portas era o mais agradável aos olhos, mas todos da linha estavam aperfeiçoados.

Em 1970, o último ano de produção do Falcon. Com linhas agressivas, tornava-se uma versão do Torino e saía de linha em pouco tempo

Surgia mais uma opção de V8, o motor 302 (4.949 cm3) com 225 cv, similar ao utilizado aqui no Maverick e no Landau. De 0 a 100 km/h fazia em 11 s e a final chegava a 190 km/h. Em 1967 a versão conversível era descontinuada e o picape Ranchero passava a ser feito, outra vez, a partir do irmão maior Fairlane. Mas, apesar do desenho agradável, a produção anual do Falcon começava a decair.

Em 1970 vinha outra mudança de carroceria. Estava maior, mais potente e tinha as características externas quase idênticas às do irmão Torino, do qual passava a ser uma mera versão. Era oferecido como cupê, sedã quatro-portas e perua. Após quase 2,8 milhões de exemplares só nos EUA, no final desse ano o Falcon deixava de ser produzido. O Maverick, lançado em 1969, e o Fairlane passavam a ocupar mais espaço na linha da Ford.

Um clássico para os argentinos: no país vizinho o Falcon chegou em 1961 e foi produzido por 30 anos, com alterações um tanto discutíveis, como esta de 1978

Em 1961 ele começara a ser exportado desmontado para a Argentina, onde faria muito sucesso: só encerrou a produção em 1991, com a mesma carroceria do início, recebendo plásticas -- não tão harmônicas -- na grade e pára-choques. Na Austrália fez e faz muito sucesso, mas lá é fabricado até hoje e já sofreu várias reformulações completas de estilo e mecânica. Do veterano Falcon nascido americano resta apenas o nome.

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