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Jean Tastevin então entregou à empresa britânica Airflow Streamlines a finalização do protótipo. Depois de sucessivas tentativas de colocação em produção, enfim, no Salão de Paris de outubro de 1973 o Monica foi apresentado ao público. Causou ótima impressão por ser muito imponente, moderno e luxuoso. Tinha linhas esportivas, com a frente baixa e aerodinâmica de um autêntico grã-turismo.

Depois do insucesso do motor V8 de Ted Martin, a empresa de Jean Tastevin optou por um Chrysler de 5,6 litros e 285 cv, que tornava o Monica um líder de desempenho entre os sedãs da época

Media 4,95 metros de comprimento, 2,77 metros entre eixos e pesava 1.650 kg. A maioria dizia que sua parte dianteira estava inspirada no Maserati Indy, e a traseira, no Ferrari 365 GT. Mas também havia inspiração britânica, visto de lado, com o Aston Martin DBS. O capô curvo trazia faróis escamoteáveis e a traseira era de linhas simples, sem muitos ornamentos ou cromados. Seu perfil era harmonioso e muito bonito. As portas tinham bom tamanho e aqueles que iam atrás não tinham maiores dificuldades para entrar. 

Sua mecânica também impressionava pela grandeza. O motor, dianteiro, era um Chrysler V8 de 340 pol3 (5.601 cm3, com 102,6 x 84,7 mm). Depois de modificações nos cabeçotes, troca de pistões e das válvulas originais, passou a ter a potência de 285 cv a 5.400 rpm. Era alimentado por carburador da marca Holley de duplo corpo. Sua tração era traseira e a caixa de marchas, da marca ZF, tinha cinco marchas. Havia ainda a opção de uma automática Torqueflite de três.

O Monica atingia 240 km/h e os primeiros 1.000 metros eram vencidos em 27,5 s, ótimos números para um sedã de luxo. Era provavelmente o quatro-portas mais rápido do mercado na época. Seu consumo, porém, era importante. A suspensão dianteira, de braços sobrepostos, e a traseira, com eixo De Dion, usavam molas helicoidais. Adotava belas rodas de alumínio e pneus Michelin bastante largos, 215/70 VR 14. Os freios eram a disco nas quatro rodas, ventilados na dianteira, da renomada Girling.

Interior sofisticado: muito couro Connolly, madeira nobre (incluindo o aro do volante), painel de instrumentos completo, o conforto do ar-condicionado

O interior tinha muita madeira nobre e o couro Connolly, como em um Rolls-Royce, estava presente nas forrações. Transportava com muito conforto e luxo quatro passageiros em poltronas individuais. A posição de dirigir era ótima e a visibilidade também. O volante de três raios, em alumínio escovado e com aro de madeira envernizada, tinha regulagem de altura. O painel trazia instrumentação completa, não devendo nada aos melhores esportivos -- incluía termômetro e manômetro de óleo. Também faziam parte o rádio estéreo e ar-condicionado.

Infelizmente, toda a sofisticação teve um fim precoce. Por causa de seu alto preço -- era mais caro que um Rolls-Royce Silver Shadow ou que o Ferrari 365 GTB/4 "Daytona" --, a crise do petróleo iniciada em 1973 e as conseqüentes limitações de velocidade em vários países, somente 17 exemplares foram produzidos e vendidos entre 1973 e 1974. Por decisão do patrão a fábrica foi fechada.

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