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Em 1965 o 1000 já fazia parte das ruas americanas e canadenses. Na frente, ao invés da pequena falsa grade, um "bigodinho" central que até lembrava o Chevrolet Corvair. Pouco tempo depois ganhava um novo pára-choque, que protegia mais a frente, e frisos cromados nas laterais. Havia pequenas diferenças de estilo do automóvel original. Em 1967 a Simca oferecia a todos os modelos dois anos de garantia ou 60.000 quilômetros e, no ano seguinte, o 1000 já chegava ao milionésimo exemplar. 

A versão Rallye, com sua decoração esportiva e grande agilidade, conquistou os que queriam competir gastando pouco e, claro, os que gostavam de acelerar nas ruas

Para aumentar as vendas de um modelo que já tinha quase 10 anos de produção, era lançado em 1971 o Simca 1000 Rallye. Seu motor tinha 1.294 cm3 e 60 cv a 5.400 rpm, com taxa de compressão de 9,8:1. Vinha com freios a disco dianteiros, pneus 145/80-13 e velocidade máxima de 155 km/h. Agradou. Seu objetivo era atacar o R8 Gordini, porém custando quase a metade deste. Tinha boa aceleração e era relativamente estável -- mas com tendência de jogar a traseira em curvas mais fechadas. E não gostava muito de pisos molhados.

Por fora se destacava pelo capô preto-fosco, pintura com cores vivas, faixas pretas verticais atrás (como nos Dodges e Plymouths esportivos), rodas pretas com sobre-aros e faróis auxiliares de longo alcance redondos. Dentro, bancos em formato de concha, cintos de três pontos, volante de três raios esportivo de pequeno diâmetro e instrumentação que incluía conta-giros, voltímetro e marcador de temperatura de óleo. 

Suspensão traseira aprimorada, bancos concha, volante e painel esportivos: a
versão Rallye 2, lançada em 1972, estava mais segura e ainda mais divertida

Pouco depois, no Salão de Paris de 1972, era lançado o Rallye 2. A cilindrada era a mesma, mas a potência subia a 82 cv graças à adoção de dois carburadores de duplo corpo. Na frente foi colocado um radiador, abaixo do pára-choque, que tinha um ventilador elétrico. Na suspensão, independente nas quatro rodas, foram adotados novos estabilizadores e cambagem negativa atrás. O comportamento melhorou muito. Também, freios a disco nas quatro rodas e novo tanque de 50 litros para aumentar a autonomia, pois agora tinha mais apetite.

A velocidade final era de 169 km/h. Era oferecido nas cores verde, amarela, vermelha ou branca, sem decoração, e rodas de alumínio eram opcionais. Ficou mais "invocado" e bom de briga. Um carro pronto para entrar em competições regionais, em que não necessitava de muitas alterações. Fazia muito sucesso entre aqueles que queriam iniciar a carreira de piloto gastando pouco e tendo muita emoção.

O motor de 1,3 litro e dois carburadores desenvolvia notáveis 82 cv: apesar da
pequena cilindrada, o motorista se sentia ao volante de um interessante esportivo

Cinco anos depois, em 1977, chegava a versão Rallye 3. Não era mais um carro de rua e sim um pequeno foguete. O objetivo era produzir 1.000 exemplares para a homologação no Grupo 1 da FIA. A carroceria recebia peças em fibra-de-vidro, como prolongamento de pára-lamas mais largos, spoiler dianteiro e aerofólio traseiro. Tinha também uma falsa grade em plástico preto e faróis quadrados. O aspecto ficava muito agressivo. A potência subia para 103 cv a 6.200 rpm, com taxa de 10,3:1, comando mais trabalhado e novas válvulas.

Para suportar a nova potência, ganhava nova embreagem e outras relações de marchas. Estava mais ágil e mais estável, com os pneus Pirelli HCN 165/80-13 na frente e 175/80-13 atrás. Após quase 18 anos de produção e com pouquíssimas modificações de carroceria, o Simca 1000 deixava de ser produzido em todas as versões em 1978. O peso da idade era notável, mas a lembrança até hoje é muito boa.

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