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A mecânica era a mesma, a não ser pela alavanca de câmbio, que passava à coluna de direção em 1950. No ano seguinte o Kapitän recebia alterações de estilo na frente e na traseira, ganhando uma grade de apenas três barras horizontais e novos pára-choques de aspecto mais reforçado. Mas permanecia a aparência antiga, típica do pré-guerra, quadro que só se reverteria no modelo 1954.

O modelo 1951 (à esquerda), com alavanca de câmbio na coluna de direção, e
o 1954, enfim remodelado, com clara inspiração nos americanos da época

A nova geração em nada lembrava a anterior: os três volumes estavam mais equilibrados, com discretos "rabos-de-peixe" ao lado do porta-malas, capô mais curto e maior área envidraçada, tudo de acordo com o estilo americano. O teto tinha revestimento contrastante com a pintura e o vidro traseiro era bastante envolvente, outra tendência da época. As portas posteriores adotavam o sentido normal de abertura.

O motor era o mesmo 2,5-litros do modelo antigo, mas a potência subia para 68 cv (chegaria a 75 cv em 1956), e a velocidade máxima, para 138 km/h. Em novembro de 1956 era produzido o Opel de número dois milhões, um Kapitän. No ano seguinte, em agosto, surgia a versão L, com entreeixos longo.


Com o ganho de potência em 1956, chegando a 75 cv, sua publicidade (ao lado) exaltava a boa aceleração do motor de seis cilindros. Acima o modelo 1958, com a novidade do pára-brisa e do vidro traseiro bastante envolventes

Novas mudanças chegavam em junho de 1958, com carroceria mais larga e baixa, ao estilo dos americanos de seu tempo. O comprimento chegava a 4,76 metros e a largura a 1,78 m. O pára-brisa estava tão envolvente quanto o vidro traseiro, justificando a designação interna na empresa de Kapitän P -- Panorama, alusivo à ampla visibilidade.

As linhas lembravam ao do Rekord de então, modelo que, em geração posterior, daria origem a nosso Opala. Havia opção de câmbio com overdrive e a potência do motor 2,5 chegava a 80 cv, elevando a máxima a 144 km/h. Este modelo, no entanto, foi produzido por apenas um ano: já em julho de 1959 aparecia uma carroceria totalmente nova.

P-LV, a última geração, de 1959 a 1963: grade alongada, discretos "rabos-de-peixe" na traseira e a opção da versão L, de entreeixos mais longo

Conhecida como P-LV, a última geração estava mais ampla (4,83 metros de comprimento e 1,81 m de largura) e retilínea, com uma grade que tomava toda a largura da frente, vincos e aletas nas laterais e vidro traseiro menos envolvente. A versão longa permanecia disponível, sendo muito apreciada para o transporte de executivos. Um novo motor de seis cilindros, 2,6 litros e 90 cv substituía aquele originário dos anos 30. Dezembro de 1963 foi o último mês de fabricação para o Kapitän, que somava 145 mil unidades ao ser descontinuado.

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