Falhas de projeto à parte, o Allanté era também problemático de se produzir. A Cadillac fazia duas viagens sobre o Atlântico em três Boeings 747 adaptados à tarefa. Em cada avião, da Alitalia e da Lufthansa, cabiam 56 carros. Era a chamada Ponte Aérea Allanté, a mais longa linha de produção do mundo... Um processo interessante, mas muito complexo e custoso para a GM. |
Os Allantés
embarcando em aviões Boeing 747, para Turim, e de volta aos EUA para Na ida de Detroit para
Turim, na sede da Pininfarina, levavam-se duas metades do chassi do
Eldorado e itens como ar-condicionado, coluna de direção e a maior
parte dos componentes eletrônicos. Na fábrica italiana as duas partes
do chassi eram cortadas e soldadas, e então recebiam a carroceria, a
pintura e o interior. |
Em busca de promoção, a Cadillac o colocou como carro-madrinha da 500 Milhas de Indianápolis de 1992, mas as vendas não reagiram |
Parecia outro carro,
tamanha a vida que o motor Northstar V8 de 4,6 litros, duplo comando
nos cabeçotes e 32 válvulas deu ao Allanté. Com 290 cv e torque de
40,1 m.kgf a 4.400 rpm, permitia máxima de 232 km/h e finalmente podia
fazer frente à concorrência européia. Sobraram elogios também para o
novo sistema eletrônico de amortecimento, evolução do que havia sido
introduzido em 1989. Perdeu os falsos quebra-ventos e o spoiler
dianteiro aumentou. |
Só em 1993, com a adoção do motor Northstar de 290 cv, o desempenho do Allanté se equiparava ao dos concorrentes, mas era tarde demais para reconquistar o mercado |
Embora o Allanté esteja
longe de ser um bom exemplo de engenharia e estratégia de produto da
Cadillac, ele fica na lembrança por destoar de tudo o que a marca já
havia produzido, por sua atípica dupla nacionalidade e por ser um dos
mais belos carros já feitos pela empresa em todos os tempos. Na
tentativa de aproveitar a idéia original do "Cadillac italiano", a GM
está apresentando o XLR. |
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