Sofisticação fora de série O SM da Santa Matilde, com mecânica do
Opala |
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Como tantas
outras pequenas fábricas de veículos fora-de-série, a
Companhia Industrial Santa Matilde não surgiu para
produzir automóveis. As especialidades da empresa, com fábricas
em Conselheiro Lafaiete, MG e Três Rios, RJ eram
componentes ferroviários, estruturas e produtos agrícolas
-- até que, em 1975, lançou um cupê sofisticado e
potente com mecânica Chevrolet Opala. |
Quatro faróis redondos, luzes de direção triangulares, grade sem ornamentos: o estilo simples e elegante do SM, que se manteve por toda sua produção |
O SM era compacto, com 4,25
metros de comprimento e 1,28 metro de altura. Apesar de
inspirado nos detalhes de modelos estrangeiros de renome,
exibia personalidade e certa elegância. O estilo básico
do primeiro modelo acabaria permanecendo até o
encerramento de sua produção, assim como a configuração
mecânica simples e aprovada: motor longitudinal, tração
traseira, suspensão dianteira independente e traseira de
eixo rígido. |
Acabamento em couro, ar-condicionado, direção assistida e freios a disco nas quatro rodas eram itens raros na produção nacional, levando o SM à posição de mais caro modelo brasileiro |
O espaço dianteiro era
amplo, o do banco traseiro nem tanto. Seu encosto,
estofado apenas na parte superior, trazia desconforto aos
dois eventuais passageiros, mesmo crianças, e o
escapamento aquecia essa região da cabine. O SM não
estava livre de outros problemas nos primeiros anos, como
o ponto superior de ancoragem dos cintos em altura
excessiva, retrovisores sem controle interno e volante
que encobria alguns instrumentos. O estepe ocupava a
maior parte do porta-malas. |
A reformulação da traseira na linha 1984 trouxe ar mais atual ao SM, aliada a rodas de 15 pol, pneus 215/60 e pára-choques mais envolventes |
Em 1981 vinham rodas de alumínio de 15 pol de aro
(antes eram de 14 pol) com largos pneus Pirelli P6 em medida 215/60,
série rara em carros nacionais na época. Os freios utilizavam
discos nas quatro rodas, mas os traseiros apresentavam
tendência ao travamento das rodas. A suspensão,
original do Opala, era macia demais para um cupê de
perfil esportivo e tinha a estabilidade direcional precária,
em função da distância entre eixos de 2,42 metros, bem
menor que no projeto original do carro da GM. |
O elegante conversível, lançado na mesma época, oferecia capotas rígida e de lona, mas o desempenho deixava um pouco a desejar, sobretudo com câmbio automático |
Da ZF vinha a direção
assistida do tipo progressiva, que se tornava mais firme
com o aumento da velocidade. Alguns problemas estavam
sanados, inclusive os de qualidade da carroceria, mas
outros permaneciam -- um dos mais graves, a ausência de
trava de direção no mais caro carro brasileiro da época,
superando até mesmo o Alfa Romeo 2300. |
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