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O mais avançado dos Mercedes

O título antecipa o que esperar do 450 SEL 6.9,
supersedã de 286 cv adicionado à Classe S em 1975

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

A designação Classe S ainda não era oficialmente utilizada quando, em setembro de 1972, a Mercedes-Benz apresentou sua nova série de sedãs de grande porte, a W116. As primeiras versões foram 280 S, SE e 350 SE, seguidos em março de 1973 pelos mais potentes 450 SE e SEL.

Couro e madeira em profusão no interior, dotado de requintes como ar-condicionado automático e controlador de velocidade

Traziam novidades como suspensão dianteira de raio de rolagem nulo e sistema antimergulho, inspirada no carro-conceito C111 (saiba mais), e estrutura com deformação programada (frente e traseira projetadas para absorver os impactos). Mas o supra-sumo em desempenho chegou apenas em setembro de 1975: o 450 SEL 6.9, um supersedã de 6.834 cm3.

O 6.9 custava o dobro de um 350 SE, mas valia o quanto pesava -- 1.990 kg, a propósito. O motor V8 de comando no cabeçote trazia ajuste hidráulico da folga das válvulas, eliminando esta manutenção e garantindo menor ruído. A lubrificação por cárter seco, além de mais eficaz em acelerações acentuadas,  permitia uma montagem mais baixa do motor. Cada unidade era testada por quatro horas e meia, sendo 40 minutos a plena carga.

Além do motor V8 de 286 cv, apto a 225 km/h, o 6.9 inovava com a suspensão
pneumática, sem molas e amortecedores, para conforto e estabilidade irrepreensíveis

Com 286 cv a 4.250 rpm de potência líquida (250 cv a 4.000 rpm no mercado americano, por causa das normas de emissões) e 56 m.kgf de torque a 3.000 rpm, podia levá-lo de 0 a 100 km/h em 7,4 s e à velocidade máxima de 225 km/h. Mais que os números, impressionava a suavidade e o baixíssimo nível de ruído, inclusive da suspensão pneumática com controle hidráulico de altura, que dispensava molas e amortecedores, exclusiva da versão. Na traseira, os braços semi-arrastados eram de alumínio. 

Era um sedã amplo (5,33 metros de comprimento, 2,96 metros entre eixos) e completo -- do controle elétrico de vidros e travas ao acabamento com couro e madeira em profusão, passando pelos lavadores de farol, ar-condicionado automático, controlador de velocidade e quatro cintos de três pontos, todos de série. Teto solar de comando elétrico era oferecido como opção sem custo adicional. O câmbio era um automático de três marchas, os freios a disco nas quatro rodas, e os pneus, robustos 215/70 VR 14. O enorme porta-malas, de 520 litros, não trazia o estepe, montado externamente sob o assoalho.

O amplo porta-malas -- 520 litros -- não trazia o estepe, montado por baixo
do assoalho;  e teto solar elétrico era oferecido como opcional sem custo extra

Foram produzidos 7.380 destes Mercedes muito especiais, com um dos maiores motores já empregados pela marca e soluções de engenharia sem competidores nos anos 70. A série W116 deu lugar a uma nova Classe S em 1979, abrindo espaço para outros símbolos de luxo, desempenho e sofisticação técnica da marca da estrela. 

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