Sua tração era traseira e a caixa manual de três velocidades. A suspensão dianteira independente foi a primeira do mundo com o conceito McPherson. Usava molas helicoidais, e a traseira, um eixo rígido com molas semi-elíticas. O Vedette freava com tambores e tinha chassi reforçado. O carro foi feito inicialmente por fornecedores, já que a unidade de Poissy fora fortemente bombardeada durante a guerra. Mas as primeiras impressões que ele deixou não seriam memoráveis. |
Talvez o mais bonito modelo da linha, o cupê Comète era construído pela Facel, marca que parecia ter o dom de criar belos automóveis |
A começar pelo
acabamento pouco esmerado, sua pintura apresentava falhas e os
cromados se degradavam logo. A consumo era elevado para aqueles anos
de recursos escassos. E, por mais reforços que seu chassi tivesse
recebido, ainda não eram suficientes para as condições das estradas
francesas da época. Para amenizar tais críticas, logo chegavam as
versões cupê e conversível, esta com três ou cinco lugares. O motor
recebeu uma injeção de ânimo também: já eram 66 cv e, apesar disso, o
Vedette passou a beber menos. |
No Vedette Sunliner de 1954, um amplo teto solar de lona o deixava quase conversível, embora mantendo as estruturas das portas; um motor de 3,9 litros e 100 cv era adotado no Vendôme |
O Abeille (abelha) era
uma legítima versão hatchback com duas tampas do porta-malas,
uma para cima e outra menor para baixo, como em certas peruas. Era uma
solução muito rara nos anos 1950. Com uma esquisita localização da
placa e as terceiras janelas laterais cobertas, as linhas traseiras
realmente lembravam o inseto que deu nome ao carro. Mais que a
inusitada solução que a Ford adotou, contavam pontos os 500 kg de
capacidade de carga. |
Com a absorção da Ford francesa pela Simca, o Vedette assumia novo estilo em 1957, que pouco depois chegaria ao Brasil por meio do Chambord |
Pelo desenho do teto, o
eixo traseiro estava muito à frente. Ainda assim era mais leve — e um
belo carro. Até a opção do teto solar de lona era oferecida. A luxuosa
versão Vendôme enriquecia a linha com um motor de 3,9 litros e 100 cv, como no Comète Monte Carlo. Alguns sedãs até
seriam transformados em peruas. Mas
o cenário
político de esquerda na França da época não era favorável a uma
empresa americana. A filial francesa da Ford seria vendida em junho de 1954 à Simca. O Vedette passava a constar no catálogo desta marca. |
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