A suspensão dianteira era independente McPherson, e a traseira, por eixo rígido com molas semi-elíticas. Os freios eram a tambor, de comando hidráulico, e o diminuto tanque de 26 litros demorava a acabar — fazia 25 km/l à média de 60 km/h. Com apenas 475 kg de peso, superava 115 km/h. Os pneus eram 5,20-10, mesmo aro de roda do Mini britânico. Entre seus concorrentes estavam Subaru 360, Mitsubishi Minica e Daihatsu Fellow, todos nipônicos.

A compacta perua LN360 foi lançada logo após o modelo inicial, ainda com o motor de 360 cm3. Opções de 400 e 600 m3 seriam aplicadas à linha mais tarde

Três meses depois era oferecida uma perua, também de duas portas, a LN360. Estudos para um motor mais potente já existiam no ano do lançamento, com a apresentação do conceito N500 no Salão de Genebra — definido pela Honda, com certo exagero, como um powerful (poderoso) mini sedan —, mas sua efetivação demorou um pouco mais: só em julho de 1968 era introduzido o N600E, com maior comprimento (3,10 m) e motor de 598 cm³, com as mesmas especificações básicas.

A potência passava a 42 cv a 6.600 rpm (regime ainda alto, mas mais próximo da média dos automóveis), o torque a 5,2 m.kgf a 5.000 rpm e a velocidade máxima a 135 km/h (120 com câmbio automático), desempenho comparável ao de um carro europeu de 1,1 litro. As acelerações também melhoravam muito, apesar do peso de 550 kg, e os freios dianteiros passavam a usar discos. Os pneus mais tarde tornavam-se radiais 145 SR 10.

Em 1970, uma frente com maior destaque para os faróis e a opção do acabamento Touring

Em outubro daquele ano o N360 ganhava a versão T, depois chamada Touring (turismo), cujo motor com dois carburadores desenvolvia 36 cv a 9.000 rpm. Em 1969 outra opção de mecânica era lançada: o N400, com motor de 402 cm³, 29 cv a 7.500 rpm e torque de 3,1 m.kgf a 5.500 rpm.

No início de 1970 as denominações eram alteradas para N III 360 e LN III 360, marcando uma leve reestilização frontal que deixava os faróis mais destacados da grade. A oferta de versões era ampla: básica, Deluxe, R Deluxe, Super Deluxe, Custom, S-Type (ambas mais equipadas, com faróis de neblina e outros itens) e Touring. A produção da série foi até 1974 e incluiu exportação do N600 para os Estados Unidos, mercado inusitado para um carro tão pequeno.

Herdeiros da série N: o cupê esportivo Z360/Z600, à esquerda, e o Life, de linhas mais modernas

A linha N360/N600 deu origem a outros Hondas de pequeno porte em 1971, como os cupês esportivos Z360/Z600 e o Life, que oferecia versões de duas e quatro portas, seguidas pela perua, o furgão e o picape (os dois últimos com desenho frontal próprio). O motor permanecia com 356 cm³, mas era refrigerado a água e desenvolvia de 30 a 36 cv, conforme o uso de um ou dois carburadores.

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