O Teardrop era e é considerado por muitos o mais belo carro já feito. É um exagero, mas que ele está entre os mais vistosos e marcantes modelos de todos os tempos, não resta dúvida. As saias integrais que cobriam as rodas traseiras davam formato de asas aos pára-lamas. Figoni adorava cores, era famoso por combinar duas tonalidades e usava pintura metálica freqüentemente. Os cromados serviam para finalizar as sinuosas linhas do modelo. Seu repertório também foi bem explorado no escultural Delahaye 135 M Figoni & Falaschi Cabriolet de 1937. |
Juntos no encontro de Pebble Beach de 2000, os Teardrops em versões T23 (o azul), com faróis mais evidentes e cabine mais ampla, e T150, com o desenho original de luzes embutidas |
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Havia três variações básicas do estilo "lágrima" do Talbot-Lago: o
9221 ou "Jeancart", o 9220 e o "New York". O "Jeancart", assim chamado
em homenagem a seu primeiro dono, era uma evolução do primeiro estilo
streamline que Figoni criara na metade dos anos 1930. Enquanto
ele possuía uma traseira levemente chanfrada, o 9220 diferia por ter
uma suave forma fastback. O "New
York" foi elaborado para o salão nova-iorquino do automóvel de 1938.
Já o T23 era uma variante sem faróis embutidos e com cabine mais
ampla, que incluía uma pequena janela atrás das portas (estas de
abertura inversa, comum ao tempo). |
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Suas linhas fluidas permitiam notável velocidade (até 185 km/h conforme a versão), indicação de boa aerodinâmica |
A
caixa Wilson era manual de quatro marchas, para explorar toda essa
motivação embalada por seu desenho feito para desafiar o vento. Os
pneus 6,00-17 foram os escolhidos para o carro, que pesava 1.500 kg.
Ele podia chegar a até 185 km/h, dependendo da carroceria. Os 2,65
metros de distância entre eixos eram quase todos gastos na dianteira
pronunciada do carro. O eixo traseiro ficava sob os passageiros. |
Após a guerra a Talbot-Lago produziu outros cupês com inspiração no clássico Teardrop, como este modelo 1951, mas ficou longe de repetir sua leveza de linhas |
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Depois da guerra, a Talbot-Lago ainda produziria alguns dos mais
sofisticados automóveis da França, até que Antony Lago vendesse a
empresa à Simca em 1959. A presença da escuderia também seria marcante
nos GPs locais, inclusive vencendo em Le Mans em 1950. Mas nada a
levar o nome da marca teria nem de longe o mesmo impacto do Teardrop
de Figoni & Falaschi. O cupê figura entre os 100 mais memoráveis
carros do século XX selecionados por uma equipe de jornalistas de todo
o mundo, que elegeram o Ford
Modelo T o mais significativo deles. |
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