A série HD, que estreava em 1965, tinha linhas retas bem ao estilo americano. Mas os críticos não aprovaram o estilo e traduziam a sigla como Holden's Disaster, o desastre da Holden... Na verdade não era feio: na frente, levemente inclinada, os faróis eram circulares e a grade cromada era dividida em quatro retângulos. Media 4,57 metros, e na versão Panel, pesava 1.250 kg. O acesso à parte de trás era ótimo, pois a tampa era dividida. A parte maior, do vidro, ia para cima enquanto a tampa descia.

"Bom para os negócios", definia o catálogo do Panel Van da série HD. Com linhas retas, seu estilo rendeu-lhe o apelido de "desastre da Holden"

O motor de seis cilindros em linha e 2.442 cm³, alimentado por um carburador simples em posição invertida da marca Bendix-Stronberg, desenvolvia 95 cv e torque máximo de 18,6 m.kgf a 4.400 rpm. Atingia 140 km/h. Também tinha versões mais vitaminadas, com 101, 117 e 142 cv. Nesta, chamada de X2, o torque subia para 24,6 m.kgf e a velocidade final era de bem razoáveis 170 km/h. Os freios dianteiros eram a disco e os traseiros a tambor. Aliava as qualidades de rodagem de um sedã com a capacidade de carga de um utilitário.

No final de 1966 estreava a série HR. Não tinha muitas diferenças em termos de carroceria com relação à antecessora, mas a versão mais potente X2 passava a ter 2.638 cm³ e potência de 145 cv. Em 1971 surgia a série HQ. Derivada dos cupês Monaro, tinha a frente imponente, com a grade em formato retangular avançando e fazendo um pequeno "bico". Ameaçadora. Na versão Kingswood havia dois faróis circulares.

Na versão HR, de 1966, o teto elevado e a opção do motor de 2,6 litros: mais tarde viriam os potentes V8 para mudar o perfil desses utilitários

Como a maioria das Panels anteriores, também tinha teto elevado. Cores como vermelho, laranja e amarelo eram apreciadas. E também não faltavam pinturas exóticas artesanais, por parte de artistas, para "incrementar" o visual. Sob o capô, os motores acompanhavam o jeito mais esportivo. O mais manso era o seis-cilindros de 2.840 cm³ e 118 cv, com o qual fazia de 0 a 100 km/h em 13,1 segundos. Logo após vinha o de 3.300 cm³ e 135 cv.

Mais apreciados eram os de oito cilindros em "V", que estrearam na série HT anterior. O mais modesto tinha 4.145 cm³ e 185 cv. Após vinha o 308, de 5.043 cm³ e 240 cv. O máximo vigor estava reservado ao topo de linha de 350 pol³, com 5.735 cm³ e 257 cv, que vencia os 100 km/h em 9,5 segundos e atingia 195 km/h. Nada mal para um "furgão". Descascava pneus com facilidade... Sempre com tração traseira, dispunha de caixa manual de três marchas, ou quatro para os motores de seis cilindros.

No modelo HJ de 1977, a consagração como carro de lazer: rodas esportivas, defletor frontal e muito espaço nas laterais para a pintura decorativa

No final de 1974 era apresentada a série HJ. A exceção da grade, também retangular mas com desenho diferente, e dos faróis quadrados, poucas eram as diferenças visuais com relação a anterior. Os motores também eram os mesmos. No primeiro filme da série Mad Max pode-se ver um modelo vermelho Panel HJ. Foi produzida até 1978. Na década de 1980 os Holdens grandes passaram a ser baseados na linha Opel alemã. O sedã Commodore ficou quase idêntico ao Opel Senator da época. Porém, o modelo Panel continuava uma evolução do modelo HZ, lançado em 1978, e em 1988 era descontinuado. Recentemente, em 2004, baseada no Omega que é importado pela GM do Brasil, foi relançada a Panel Van para matar a saudade dos antigos.

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