O motor Austin, de quatro cilindros, válvulas laterais e 748 cm³, desenvolvia 15 cv de potência (razão de se chamar 3/15) a 3.000 rpm. O câmbio tinha três marchas e o sedã pesava 460 kg. Mais importante que a velocidade máxima, de 72 km/h, era o consumo médio de 16 km/l, que o tornava mais barato que andar de trem em boa parte do transporte pessoal. Eixos rígidos com feixes de molas semi-elíticas compunham ambas as suspensões, os freios atuavam apenas nas rodas traseiras e os pneus tinham a medida 4,00-27. |
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A semelhança com o Austin diminuía com a evolução do 3/15: a versão DA-2, ao lado, já trazia freios nas quatro rodas e novas opções de carroceria |
O
pequeno BMW era também muito acessível, custando quase o mesmo que o
Opel Laubfrosch e bem menos que um Hanomag. De início havia poucas
diferenças entre a versão germânica e a original inglesa, mas elas se
tornaram cada vez mais expressivas, à medida em que o engenheiro chefe
da BMW Max Friz aplicava novas soluções ao 3/15. |
O DA-3, também conhecido como Wartburg: um roadster que pesava apenas 370 kg e venceu com brilho uma prova alemã em sua classe |
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Entre eles houve o DA-3, um roadster ou conversível esportivo,
sem portas, janelas ou mesmo pára-brisa. O atraente desenho, inspirado
nos carros de corrida da época, terminava em uma traseira afilada, ao
estilo popa de barco. O motor tinha maior taxa de compressão (7:1 em
vez de 5,6:1) e escapamento com duas saídas para elevar a potência a
18 cv a 3.500 rpm, o bastante para alcançar 90 km/h e acelerar melhor,
ajudado pelo peso reduzido a 370 kg. Conseguiu os três melhores
lugares da categoria de 750 cm³ na prova Eifel, no circuito alemão de
Nürburgring, em julho de 1930. Conhecido como Wartburg, teve apenas
150 unidades produzidas entre esse ano e o seguinte. |
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Depois do 3/15 surgia o 3/20, mais amplo, potente com suspensão independente nas quatro rodas: o primeiro BMW projetado pela própria empresa |
No
mesmo ano era apresentado seu sucessor, o 3/20, primeiro carro
projetado pela própria BMW. Para melhorar o espaço interno, Popp havia
solicitado ao projetista Alfred Böning um aumento substancial no porte
do carro. Foram quase 30 centímetros adicionais na distância entre
eixos, 20 cm no comprimento e 15 cm na largura — era 8 cm mais baixo,
porém. A suspensão traseira passava a ser independente como a
dianteira, um recurso à frente de seu tempo. Havia versões sedã de
duas portas e conversível de quatro lugares. |
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