Dois anos depois, em agosto de 1963, surgiam alternativas de acabamento e motorização. As versões 1500 N mantinham o motor conhecido, com 1 cv adicional pela maior taxa de compressão, mas ficavam mais simples, com limpador de pára-brisa de uma só velocidade, janelas laterais traseiras basculantes só como opcional e luzes de direção dianteiras menores. Enquanto isso, a 1500 S adotava dois carburadores e taxa mais alta, para desenvolver 66 cv a 4.800 rpm e 11,6 m.kgf a 3.000 rpm.

A Variant alemã, que tinha desenho diferente da brasileira, foi renomeada Squareback (traseira quadrada) nos EUA: uma forma de evitar confusão com o Valiant da Chrysler ou a Kombi, que lá se chamava VW Station Wagon

Já era possível alcançar 135 km/h com o novo fôlego e, por dentro, havia recursos como pára-sol e fechadura na porta do passageiro, relógio, luz de cortesia e bolsas nas portas. Até um teto solar de aço, como o do Fusca 1965 brasileiro, era disponível. Importantes novidades vinham após mais dois anos, em agosto de 1965. Chegavam o modelo Fastback, um dois-volumes com jeito mais esportivo, e o motor de 1.584 cm³ para os três membros da família, com 65 cv e 12 m.kgf. O acabamento seguia o padrão do anterior 1500 S, mas os freios dianteiros passavam a usar discos.

Um ano depois, mais opções tornavam a linha especialmente atraente. Os nomes eram agora 1600 A e L (para sedã e Variant) e 1600 TL, no caso do Fastback. Curiosamente, apesar do número estampado à carroceria, o motor do acabamento A era o conhecido 1,5-litro de 54 cv. Já a versão L oferecia como opcional o câmbio automático, requinte impensável no velho besouro. Toda a linha recebia sistema elétrico de 12 volts, freios com duplo circuito e coluna de direção retrátil, mais segura; o L vinha com encostos de cabeça dianteiros.

O Fastback tinha um estilo mais esportivo, que sobreviveria ao sedã três-volumes; toda a linha recebia em 1969 a opção de injeção eletrônica, uma primazia na classe

Na linha 1969, outro detalhe técnico sofisticado: injeção eletrônica no motor 1,6, uma inovação em um carro desse segmento; ganhava também pneus radiais. Um ano depois, em agosto, era feita a única reestilização da família, com um capô dianteiro mais destacado, faróis e lanternas maiores e porta-malas dianteiro mais espaçoso. Evolução importante era aplicada à suspensão, em que a traseira de semi-eixos oscilantes, herdada do Fusca, dava lugar à de braços semi-arrastados e molas helicoidais, conceito moderno e bem superior em comportamento (seria usado na Variant II brasileira).

No agosto seguinte, de 1970, o três-volumes era descontinuado, restando as Variants 1600 A e E e os Fastbacks 1600 TA e TE, em que a letra E destacava a injeção. O penúltimo ano-modelo, em agosto de 1971, trazia sistema de diagnose eletrônica, pinças de freio do VW 411 (Typ 4) e volante de quatro raios, entre outros detalhes. Em abril seguinte ocorriam apenas alterações de acabamento, sem mais novidades para a linha 1973, que foi a última da linha Typ 3.

No mesmo ano a frente era renovada, com um capô mais destacado, e a suspensão traseira adotava conceito mais moderno, que veríamos aqui na Variant II

Com a chegada do Passat e suas inovações técnicas, naquele ano, os já envelhecidos Fastback e Variant cediam seu lugar, com um total de produção de mais de dois milhões de unidades. A linha Typ 3 serviu de base para o Typ 34, o Karmann Ghia de segunda geração. E, embora poucas unidades da família tenham chegado ao Brasil por importação, foram o ponto de partida para o desenvolvimento de nossos TL, Variant e 1600 de quatro portas (o "Zé do Caixão"), que tiveram estilo próprio, mas com a mesma mecânica dos modelos europeus de 1,6 litro.

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