De início era empregada no R30, assim como no Peugeot 604, a interessante alimentação por um carburador de corpo simples e outro de corpo duplo. Com potência de 131 cv e torque máximo de 20,5 m.kgf, o motor levava-o à velocidade máxima de 175 km/h, desempenho apenas razoável para a classe. No R20, por sua vez, foi adotado o quatro-cilindros de 1,7 litro, 90 cv e 13,4 m.kgf (com comando de válvulas no bloco, assim como o do R30) já conhecido do antigo R16. Além de motor e acabamento, havia entre eles a diferença dos freios traseiros, a disco no mais potente e a tambor no outro (os dianteiros eram sempre a disco ventilado). |
Diante das críticas ao desempenho, a Renault providenciou motores mais potentes: em 1977 o R20 trocava o 1,7 de 90 cv por um 2,0 de 109 cv |
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Esses Renaults eram carros avançados em termos de segurança: a
estrutura já previa zonas de deformação para absorver impactos na
frente e na traseira, raras àquele tempo. A suspensão era independente
nas quatro rodas, com molas helicoidais. O câmbio tinha quatro
marchas, com tração dianteira, e os pneus eram 165/80-13 no modelo de
quatro cilindros e 175/80-14 no de seis. Enquanto o R30 oferecia
apenas a versão TS, o R20 tinha três opções de acabamento: o básico L,
o TL (com opção de câmbio automático de três marchas) e o GTL, que
vinha de série com direção assistida, controle elétrico dos vidros e
trava central eletromagnética. |
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No interior de um R30 de 1980, o luxo disponível nesse modelo de topo: bancos de couro, ar-condicionado, teto solar elétrico |
No
mesmo ano o R30 passava a vir com um só carburador de corpo duplo. Em
1979 chegavam cintos de três pontos no banco traseiro e ignição
mecânica Bosch K-Jetronic para o R30, na versão TX. Além do aumento da
potência para 142 cv e do torque para 22,3 m.kgf, vinha com
ar-condicionado, controlador de
velocidade, rodas de alumínio, volante revestido de couro,
controle elétrico dos vidros e do teto solar, defletor traseiro e
câmbio manual de cinco marchas, com opção pelo automático. |
O R30 ganhava potência em 1979, com injeção e 142 cv na versão TX; um ano depois (foto) viria a versão a diesel, com turbo e 88 cv |
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Depois de 622 mil unidades, a produção dos dois modelos era encerrada em 1983 para abrir espaço ao R25. Com sua denominação intermediária em termos numéricos, o novo carro oferecia motores de 2,0 a 2,8 litros com quatro e seis cilindros. O R20 teve uma sobrevida, porém, pelas mãos da empresa romena Dacia — a mesma que hoje produz o sedã Logan a ser fabricado no Brasil. Uma pequena quantidade, com o nome Dacia 2000, foi feita para atender a autoridades e ao serviço secreto do governo comunista de Nicolae Ceausescu. |
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