| Nos EUA, assim como no México, a "coisa" era anunciada como um veículo de lazer, assim como os bugues que há tanto tempo fazem sucesso no Nordeste brasileiro. Dentro dessa proposta a fábrica destacava a capota conversível (com opção por um teto rígido de plástico reforçado com fibra-de-vidro), o pára-brisa rebatível e as portas que podiam ser removidas. Cores vivas como laranja e amarelo eram oferecidas (havia também o branco) e a capota oferecia quatro tons, incluindo branco. Usava as lanternas traseiras da Kombi dos anos 60. | 
| Com a capota de lona ou a rígida (opcional) e as portas no lugar, o Thing assumia um ar pacato, típico de um pequeno utilitário... |  | 
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          Embora parecesse até maior, por conta das quatro portas e das linhas 
          retas, o 181 mantinha a distância entre eixos do Fusca e da Kombi, 
          2,40 metros, e era mais curto que ambos, com 3,78 m no total. Como no 
          sedã, o estepe e o tanque de combustível (para 40 litros) ficavam na 
          frente. O motor de quatro cilindros 
          opostos arrefecido a ar, na versão inicial de 1.493 cm³ e um só 
          carburador, fornecia potência de 44 cv a 4.000 rpm e torque máximo de 
          10,2 m.kgf a 2.000 rpm — força razoável em baixas rotações, como 
          convinha à proposta do veículo. | 
|  | ...mas ganhava um ar descontraído de bugue quando tinha as portas retiradas, o pára-brisa basculado e a capota retraída | 
| O 
          jipe pesava 900 kg e oferecia razoável vão livre do solo, 205 mm, com 
          a vantagem de não ter um diferencial protuberante no eixo traseiro, 
          como acontecia com concorrentes de motor à frente e tração atrás. Um 
          ano após o encerramento da produção alemã, em 1973 o jipe passava a 
          ser fabricado no México, o que facilitou em muito sua exportação para 
          os EUA. A publicidade da VW americana dizia que o Thing podia ser 
          anything (qualquer coisa), isto é, um veículo adequado para a neve 
          ou a praia, a cidade e o campo. "Quer ver um filme? Rebata o 
          pára-brisa e você não perderá nada", convidava, referindo-se à moda 
          dos cinemas drive-in. | 
| A VW mexicana fez a versão Acapulco, para um hotel, com teto ao estilo toldo, estribos e pintura em dois tons: agradou tanto que chegou ao mercado americano |  | 
| Uma versão especial, a Acapulco, foi elaborada para uso na cidade mexicana de mesmo nome pelo Las Brisas Hotel. Tinha estribos, acabamento interno especial, capota em forma de toldo e pintura que combinava branco a verde, amarelo, azul ou laranja. A decoração tornou-se tão popular que a VW chegou a exportá-lo assim para os EUA. Em 1980 o Thing deixava de ser produzido. Pode-se dizer que seu conceito foi seguido por inúmeros bugues, no Brasil e no exterior, e em parte pelos jipes X-10, X-12 e Tocantins da Gurgel, que também apostavam na robustez e na simplicidade da mecânica VW "a ar" para compensar a falta de tração nas quatro rodas. | 
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