A influência da aeronáutica ficou evidente nos pistões de alumínio do motor de 424 pol³ (6,9 litros), com ângulo de 60° entre as bancadas de seis cilindros e cabeçotes em "L". Produzia até 3.500 rpm e fornecia a potência máxima de 88 cv a 2.600 rpm. Não era praxe divulgar o torque, maior trunfo desse que foi o primeiro V12 vendido em larga escala. A caixa de câmbio de três marchas enviava a tração às rodas traseiras, que eram de 27 polegadas. Trocas de marcha, feitas por uma alavanca à esquerda do motorista, eram esporádicas graças a esse conjunto vigoroso para os padrões daqueles meados de anos 10. |
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Em 1932 os 12 cilindros retornavam no modelo V12, depois renomeado Twelve; este conversível de quatro portas serviu ao presidente Roosevelt |
O
nome Twin Six significava "seis gêmeos", uma alusão à soma de dois
motores iguais de seis cilindros em linha. Havia duas séries: 1-25 e
1-35. A primeira tinha entreeixos de 125 pol (3,17 metros) e a segunda
de 135 pol (3,43 m). A euforia assim que o Twin Six chegou às lojas foi
tal que algumas concessionárias Packard até tiveram de chamar a
polícia para conter os ânimos dos curiosos. As vendas ressonaram tal
popularidade e a empresa abandonou os motores de seis cilindros por
algum tempo. Apreciado por magnatas e reis, o Twin Six transportou o
primeiro presidente americano a tomar posse num automóvel, Warren G.
Harding. Em 1918 a alavanca de câmbio passou a ser instalada no centro
do carro. |
O enorme Touring Sedan de sete lugares era parte da linha 1938 do Twelve
Este último recorde só seria batido por um carro europeu 10 anos
depois e, na América, duraria por mais de 30 anos. E foram esses
"aviões terrestres" da Packard que inspirariam ninguém menos que Enzo
Ferrari a criar, anos mais tarde, seus próprios carros de corrida — e
subseqüentes modelos de rua — com motor V12. O Twin Six manteve-se
popular na década de 1920, mesmo com o lançamento para 1921 do Single
Six (seis simples), com motor de seis cilindros em linha bem menos
oneroso de se produzir. O que determinou o fim dessa usina de
disposição foi a chegada do Packard Eight, de oito cilindros em linha,
em 1923. |
Outro modelo de 1938: o conversível Victoria, de cinco lugares, com motor de 175 cv
Algumas das mais belas carrocerias do período mais cheio de glamour do
carro americano cobririam o Packard V12. Entre as mais imponentes
estavam as Dietrich, em versões cupê, cabriolet (conversível de
duas portas), phaeton (aberto de quatro portas) e landaulet
(fechado, mas imitando um conversível), entre outras, todas com
entreeixos de 3,62, 3,73 ou 3,75 m. LeBaron, Brunn e Rollston foram
outros encarroçadores a valorizar esteticamente o portento mecânico
americano. Já em 1933 o modelo equipado com motor V12 passou a ser
designado Twelve (doze). Em 1935 o motor passou a render 175 cv, valor
que seria mantido até o último Packard V12 sair de linha, em 1939. Um
Twelve conversível de quatro portas foi usado pelo presidente
americano Franklin Roosevelt. |
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