Algo que diferenciava o Goggomobil da maioria dos concorrentes era o fato de parecer um carro "de verdade" em tamanho menor (qualidade em comum ao Vespa 400, um desses adversários), não uma mistura de automóvel com motoneta de formas estranhas. A Glas havia entregue ao consumidor alemão exatamente o que ele procurava naquele momento de crise econômica — a que o mercado respondeu fazendo-o líder de vendas entre os microcarros. A grande aceitação ao pequeno sedã levou a empresa a desenvolver outras versões. |
Um Goggomobil conversível chegou a ser apresentado, com portas "suicidas", mas não teve seguimento até a produção |
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Em
1957 aparecia o cupê TS, de linhas mais esportivas, com uma falsa
grade em forma de gota e vidro traseiro envolvente. Charmoso, tinha
dimensões diferentes: era mais longo (3,05 m), largo (1,37 m) e
baixo (apenas 1,24 m). Mesmo assim trazia um modesto banco traseiro
para crianças. Com o mesmo motor, alcançava 85 km/h. Mais tarde,
tanto ele quanto o sedã adotariam portas com abertura para trás
("suicidas"). Um interessante conversível com base no cupê chegou a
ser apresentado no Salão de Frankfurt, mas não entrou em produção. |
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O furgão e o picape prestavam bons serviços, desde que a carga fosse leve; este foi muito usado pelo correio alemão |
Como aconteceu com outro microcarro da época, o
Isetta, o Goggomobil passou
a ser produzido em diversos países sob licença da Glas. De 1957 a
1961 a Buckle Motors de Sidney, Austrália, fez os modelos sedã, cupê
(de 350 e 400 cm³) e furgão. Bill Buckle, o representante da
Goggomobil na terra dos cangurus, aplicava suas carrocerias de
plástico reforçado com fibra-de-vidro sobre plataformas enviadas da
Alemanha. Era um meio de contornar a pesada tributação do governo
australiano a veículos importados completos. |
O curioso Dart: um conversível feito na Austrália pela Buckle, com carroceria de fibra e o motor de 400 cm3 |
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Um ano depois, em 1958, a Isard Argentina passava a fazer o T 300 em San Andrés, na província de Buenos Aires, seguido dos modelos T 400 e TS 400. Em 1962 era a vez da espanhola Munguía, que produziu os sedãs T 250, T 350 e 400 S, além do furgão, até 1966. Na Alemanha, os utilitários Goggomobil deixaram de ser produzidos em 1965; o sedã e o cupê, em julho de 1969, dois anos e meio após a absorção da Hans Glas pela BMW. Duraram mais, portanto, que os automóveis de maior porte da Glas. Cerca de 285 mil unidades do carrinho alemão chegaram às ruas, sem contar os feitos sob licença. |
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