O Seven usava câmbio de três marchas e sua suspensão contava com feixe de molas transversal na frente e duas molas de quarto de elipse atrás. Mas o que surpreendia pela modernidade eram os freios nas quatro rodas, ainda com acionamento mecânico. Curiosamente, os freios dianteiros eram operados por pedal, enquanto os do eixo traseiro pediam que uma alavanca fosse acionada. Ao longo dos anos ele teria várias carrocerias de duas portas: tourer (conversível para quatro passageiros), sedã, cabriolet, roadster, cupê e furgão. |
O motor inicial tinha 696 cm3 e potência de 10,5 cv, mas logo vinha o de 748 cm3 e 15 cv, sempre com quatro cilindros e um consumo que tornava bem acessível rodar com o Seven |
Para esvair as piadas em torno do pequeno Seven, o pioneiro da
aviação Gordon England teve um papel primordial. Ele estava
hospitalizado por causa de uma fratura na perna quando o diminuto
Austin foi anunciado. England examinou suas especificações e
concluiu que tinha ali o carro certo para bater recordes de
velocidade com motor de 750 cm³. Com o aval de Sir Herbert Austin,
ele preparou um Seven e faturou vários dos recordes a que se propôs
alcançar com o carro. |
Este Nippy de 1936 é um dos
vários esportivos feitos com base no Seven; alguns deles, como o Ulster e o Speedy, usavam carroceria de alumínio |
Durante os anos da Depressão o Seven mostrou-se uma escolha
vantajosa para o consumidor, que comprou bem menos motos com sidecar
e abandonou de vez os chamados cyclecars, carros de mecânica simples
— algumas vezes tomada emprestada de motos — e acabamento bastante
frugal. Apesar da popularidade, o desenho do pequeno Austin não
tinha nada de especial para a época. Ele era um diminuto calhambeque
com pára-lamas separados da carroceria. Os faróis vinham próximos ao
pára-brisa nos primeiros anos, mas logo assumiram a posição ao lado
da grade. Só para 1935, porém, o carro ganhava linhas mais
arredondadas, com grade ovalada e estepe coberto. |
O Swallow, desenhado por um co-fundador da Jaguar, foi uma proposta com estilo mais elaborado sem abandonar a carroceria fechada original |
Na
Alemanha ele se tornou o primeiro automóvel da BMW, o
Dixi 3/15, e na França foi comercializado
pela Rosengart. Até no Japão marcou presença, pois a Datsun (que
mais tarde se tornaria a Nissan) vendeu um modelo muito parecido,
embora sem licença. No país do Ford T, o pequeno inglês chegou a ser
produzido de 1930 a 1934 pela American Austin Car Co. Inc., em
Butler, Pensilvânia. Mas, num mercado onde um carro maior já era tão
popular, o Seven nunca alcançou suas metas de venda, o que em nada
diminui sua importância para os ingleses: cerca de 300 mil unidades
foram fabricadas lá até ele deixar o mercado em 1939. |
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