A NWF produziu o primeiro modelo todo de alumínio, o 200, com linhas mais arredondadas; na série seguinte (S-2) a Fulda retomava a fabricação

Como no projeto inicial, havia duas rodas dianteiras — as únicas dotadas de freios — e apenas uma atrás, todas com pneus 4,00 em rodas de 8 pol de aro. O N-2 media 2,85 metros de comprimento e 1,40 m de largura e pesava 305 kg. O motor era tão compacto que sobrava espaço na traseira para o tanque de combustível, acima dele, e o estepe mais atrás. As suspensões usavam mola semi-elíptica transversal à frente e helicoidal na traseira.

A combinação de bom espaço interno — para os padrões da categoria, bem entendido — e rodar confortável levou ao êxito desse Fulda, fazendo Stevenson estudar como reduzir os custos de fabricação. Schmitt consultou a empresa VDM para obter uma carroceria toda de alumínio, sem a estrutura de madeira. A mudança exigiu a adoção de formas arredondadas por todo o carro, elaboradas em 10 dias por Stevenson em 1953. A primeira versão com o novo processo produtivo, S-1, foi feita apenas pela empresa parceira NWF com a denominação NWF 200 e motores da marca Ilo, cabendo à Fulda o modelo seguinte, S-2.

O fim do benefício fiscal a veículos de três rodas levou ao lançamento do S-4, com duas rodas traseiras afastadas em apenas 40 cm e motor de 200 cm3

Ainda com três pequenas rodas, o minicarro estava mais parecido a outros de sua categoria. Os pára-lamas dianteiros vinham mais altos que a parte central do capô, havia uma fina lâmina como pára-choque e o vidro traseiro estava enorme e envolvente — com opção por uma tampa e um vidro pequeno no mesmo lugar. No interior, a maior novidade era o painel de metal na cor da carroceria em vez do feito em madeira. O motor Sachs 360 permanecia. Na versão S-3 a empresa adotou o Sachs de 200 cm³ que impulsionava o concorrente Messerschmitt, mas apenas duas unidades foram construídas.

Com o fim do benefício a modelos de três rodas, a Fulda lançava em 1955 o S-4 com quatro rodas, sendo as traseiras afastadas em apenas 40 centímetros, não muito diferente do que acontecia com o Isetta. As medidas cresciam para 3,10 m de comprimento e 1,47 m de largura, com peso de 390 kg. O motor de 200 cm³, com 10 cv, resultava em máxima de 85 km/h e o câmbio permitia quatro marchas à frente e quatro à ré — obtidas pela reversão do motor, como no Messerschmitt. Os freios ainda atuavam só nas rodas dianteiras.

O Fulda S-6 (também na foto de abertura da página interior) vinha com um compacto banco traseiro e suspensão aprimorada; a versão seguinte ganharia carroceria de plástico

Sua evolução, o S-6 de 1956, trazia a novidade do banco traseiro, tornando-o um 2+2, claro que com bastante intimidade entre os ocupantes... Outra melhoria era a suspensão dianteira com amortecedores, para controlar os movimentos da mola transversal. No ano seguinte a carroceria de alumínio dava lugar a uma de plástico reforçado com fibra-de-vidro no S-7, sem alterações técnicas. O peso caía para 330 kg, deixando-o mais ágil nas acelerações.

Na Alemanha as vendas da linha Fulda foram encerradas em 1960, mas ele continuou a ser feito para exportação até 1969. Empresas de vários países também o venderam e até o montaram sob licença: ele era o Bambino na Holanda, de 1955 a 1957; o Fram King Fulda na Suécia, Noruega, Irlanda e África de Sul, em 1957 e 1958; o Nobel 200 na Inglaterra, de 1959 a 1962; o Hans Vahaar na Índia, em 1960 e 1961; o Attica na Grécia, de 1964 a 1968, e depois Alta 200 no mesmo país até 1977; e o Bambi na Argentina e no Chile, de 1964 a 1966. O modelo argentino teve até uma versão picape, a Bambi Utilitaria, sem teto ou portas e com caçamba aberta na traseira.

Bambino na Holanda, Nobel na Inglaterra, Attica e Alta na Grécia: vários nomes para os modelos vendidos ou montados sob licença dos alemães

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