

O quinto e o sexto modelos do
Corona, ainda de desenho conservador


Depois da separação em duas
linhas (em cima o de 1983), a oitava geração (em cinza e vermelho)
adotava em definitivo a tração dianteira



Com o Corona 1992 (em cima)
surgia a versão inglesa, que evoluiu em 1998 para o Avensis (centro); já
no Japão aparecia o Premio (embaixo) |
No
Japão eram usados motores de 1,6 e 2,0 litros, com 90 e 130 cv, na ordem
— o segundo vinha na versão mais esportiva 2000 GT. Para os EUA a
cilindrada passava a 2,2 litros, forma de compensar a adoção de
equipamentos antipoluição que penalizavam a potência. O câmbio manual
vinha com cinco marchas, na versão SR5, e havia opção de alavanca na
coluna de direção para deixar os americanos ainda mais à vontade. Em
1975 a Toyota inseria pneus radiais e sistema de controle de funções,
como nível de fluidos.
Identificada como T130, a sexta geração de 1978 foi a última vendida nos
EUA — depois daria lugar ao Camry. Continuava com linhas retas, mas
ganhava frente mais baixa e faróis retangulares. Além de sedã, cupê e
perua, era oferecido um hatch cinco-portas chamado de Liftback,
denominação comum a outros Toyotas. O comprimento chegava a 4,44 m e o
entreeixos a 2,52 m. Motores 1,6 de 88 cv, 1,8 de 95 cv e 2,0 de 105 cv,
mais uma versão de duplo comando, 135 cv e 17,5 m.kgf para este último,
atendiam ao mercado japonês (com a adição de um 1,8 em 1981). Um 2,2 era
fornecido aos americanos.
O estilo também era diferente entre os países, pois os pára-choques de
plástico dos orientais davam lugar a unidades metálicas na versão para o
Ocidente. A suspensão dianteira passava a ser McPherson e a traseira
trocava as molas semi-elípticas por helicoidais, com exceção da perua; o
câmbio automático agora tinha quatro marchas. Esse modelo marcou o
início da produção também na Austrália e na Nova Zelândia, onde era
usado motor 1,9 da Holden, braço australiano da GM.
O sétimo Corona dividia-se em duas linhas, T140 e T150. O primeiro,
lançado em 1981, vinha como sedã, cupê, hatch e perua com tração
traseira e formas retilíneas, embora modernizadas e com maior área de
vidros. O sedã já se estendia por 4,57 m e os freios a disco vinham nas
quatro rodas. Os motores não mudavam: 1,6, 1,8 e 2,0, este com 135 cv na
versão GT II. Houve também uma opção vendida apenas ao serviço de táxi,
com frente diferenciada e motor 1,6. Bastante comum em Hong Kong,
Cingapura e Macau, seria produzida até 1998 para esse fim.
O T150, por sua vez, era o primeiro Corona com tração dianteira. Chegava
em 1983 como sedã e perua, com menores dimensões e desenho do italiano
Giorgetto Giugiaro. Os motores eram de 1,5, 1,8 e 2,0 litros a gasolina
ou 2,0 a diesel. O mesmo carro foi vendido na Europa como Carina II, o
que representou a fusão de duas linhas — Corona e Carina — antes
distintas.
A diversidade de Coronas acabou já em 1987 com a oitava geração, de
código T160 para o cupê e T170 para sedã e perua, todos com tração
dianteira (e opção por integral na versão 4WD, um ano depois). O estilo
ainda era reto mas, como habitual nos japoneses da época, transmitia
leveza com amplos vidros, colunas estreitas e pára-choques integrados na
mesma cor da carroceria. Motores de 1,6, 1,8 e 2,0 litros estavam
disponíveis e o comprimento ficava em 4,44 m. Em 1990 foi produzida uma
série especial com entreeixos 21 cm maior, destinada a executivos e
autoridades.
Tendo deixado para trás o mercado americano, o Corona era escolhido pela
Toyota para ganhar espaço na Europa. O nono modelo, T190, inaugurava em
1992 a produção em Burnaston, Inglaterra — meio de evitar as restrições
européias a modelos importados do Japão. Lá era chamado de Carina E. Bem
mais arredondado, o carro estava agradável aos olhos e mantinha as
opções sedã, perua e hatch cinco-portas, com motores 1,6, 1,8 e 2,0 a
gasolina e 2,0 a diesel e maiores entreeixos (2,58 m) e comprimento
(4,52 m). Descartado no Japão já em 1995, permanecia em linha na Europa
e outros mercados asiáticos até 1997. Alguns foram importados para o
Brasil.
Japoneses e europeus voltaram a ter diferentes modelos com a décima
geração. No Japão, o T210 aparecia em 1996 como Corona Premio, só como
sedã de quatro portas (a perua dava lugar ao modelo independente Caldina),
com motores 1,6, 1,8 e 2,0 a gasolina e 2,0 turbodiesel (depois 2,2). Já
os europeus recebiam o T220 Avensis, em 1998, com escolha entre sedã,
hatch e perua, desenho distinto do japonês com clara influência européia
e motores de mesma cilindrada. Este sedã veio ao Brasil ainda com o nome
Corona.
O Premio deixou o mercado nipônico em 2001, enquanto o Avensis seguiu
caminho à parte na Europa. Em meio ao contínuo crescimento em dimensões,
o Corona foi bem-sucedido em sua missão de estabelecer a Toyota em novos
mercados, passos importantes para que ela chegasse à atual posição de
destaque mundial.
|