Poderia fazer sentido se o equipamento fosse instalado
em uma região estrutural, mas não é o que ocorre normalmente. Parafusado às chapas inferiores da carroceria, pode causar danos mais extensos caso não suporte o
impacto -- claro, cabe lembrar os riscos pessoais já mencionados, bem mais caros que um reparo de funilaria. A solução de sistema escamoteável, adotada no utilitário Ford Explorer e nos engates vendidos como acessórios pela General Motors, por exemplo, poderia servir de base para uma legislação a respeito.
O engate constitui risco pessoal mesmo com o carro estacionado, pela facilidade com que pode ferir pernas de pedestres que caminham por trás do veículo. E a superfície cromada adotada em muitos deles gera incômodos -- e perigosos -- reflexos à incidência dos faróis de quem vem atrás, problema que parecia extinto com a adoção de pára-choques foscos ou pintados nos automóveis atuais. Talvez seja justamente esse o objetivo de muitos motoristas ao passar por radares fotográficos,
outro aspecto que merece atenção dos legisladores.
Ambos os equipamentos têm a preferência de muitos jovens, que vêem neles um ar esportivo e atraente. Gosto não
se discute, mas é bom saber que o veículo só perde com a instalação do engate ou do quebra-mato: cria-se um peso-morto nas extremidades do veículo, justamente onde mais deveria ser evitado (por influir na distribuição de peso entre os eixos e, por extensão, no comportamento em curvas), e piora-se a aerodinâmica, no caso do elemento dianteiro.
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